Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Santos, Eliana Silva dos
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Orientador(a): |
Santos, José Henrique de Freitas
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Banca de defesa: |
Santos, José Henrique de Freitas
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Santiago, Ana Rita
,
Santos, Alvanita Almeida
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Pós-Graduação em Literatura e Cultura (PPGLITCULT)
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Departamento: |
Instituto de Letras
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37306
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Resumo: |
A obra ‘O Crime do Cais do Valongo’ (2018), de Eliana Alves Cruz, constitui uma narrativa importante para repensarmos a sociedade escravocrata brasileira e, principalmente, os costumes e culturas dos povos que foram trazidos para o Brasil. A escritora e jornalista constrói um texto polifônico que questiona a discursividade histórica brasileira a respeito da escravidão, destinando voz e a possibilidade de composição de subjetividades diversas em uma narrativa histórica em que um crime determina outros. Uma das propostas deste trabalho é discutir as relações entre morte e ancestralidade para os africanos e o que estes elementos representam para aqueles que morreram ainda no navio negreiro ou quando chegaram à região portuária do Valongo, no Rio de Janeiro, os chamados pretos novos. Além disso, é importante assinalar as contribuições contemporâneas da ancestralidade para as diversas narrativas da população negra e seu modo de vida, considerando também o culto afrodiaspórico ancestral a Egúngún como uma forte manifestação da resistência cultural africana em diáspora. Assim, a partir dos destaques, é possível considerar a ancestralidade como um operador semântico de existência e resistência, tendo o culto aos antepassados como veículo de continuação de ciclos vitais relevantes para a história da população negra fora da África. Diante do Brasil atual, a pesquisa estabelece ligação também com a necropolítica estatal, quando o número de negros mortos em comunidades carentes avança, reforçando o fetiche social pela aniquilação simbólica e física dessas pessoas. Destaca-se, também, o papel de narrativas de mulheres negras na constituição da encruzilhada cultural presente na escrita feminina de Maria Firmina, Carolina Maria de Jesus, Conceição Evaristo, Ana Maria Gonçalves e Eliana Alves Cruz. |