Reconstrução do ser negro: mem(Órí)as e histórias em O(s) crime(s) do Cais do Valongo, de Eliana Alves Cruz

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Silva, Rafael Batista da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Letras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18474
Resumo: A presente dissertação examina questões ligadas às ideias de arquivo e de memória tanto do corpo negro escravizado quanto da cidade oitocentista do Rio de Janeiro, retratada no romance O crime do Cais do Valongo, de Eliana Alves Cruz. A análise da obra é feita a partir do protagonismo negro, obtido ao assumir a voz da própria narrativa e revelar aquilo que a história oficial omitiu de forma proposital. Em paralelo, faz-se o cotejamento entre as cidades escrita e histórica, mediadas pelo compartilhamento de experiências ancoradas em corpos negros. À luz de Stuart Hall, Amadou Hampâté Bá e Frantz Fanon, entre outros autores, busca-se evidenciar a reconstrução do africano, que teve que se refazer, desde a travessia, para renascer na diáspora. Para tanto, a interseção entre literatura e história presente na trama cria novas possibilidades de revisitar a região do Valongo, atualmente reconhecida como símbolo de heranças africanas e local de memória sensível.