Avaliação de fatores genéticos e imunológicos relacionados à imunopatogênese da tuberculose e co-infecção tb-hiv

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Conceição, Elisabete Lopes
Orientador(a): Bessa, Theolis Barbosa
Banca de defesa: Castellucci, Léa Cristina de Carvalho, Carvalho, Natália Barbosa, Figueiredo, Camila Alexandrina Viana de, Menezes, Juliana Perrone Bezerra de
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM IMUNOLOGIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/23264
Resumo: O Mycobacterium tuberculosis e o vírus da imunodeficiência humana (HIV) agem em sinergia prejudicando a resposta imune para eliminação de ambos os patógenos. Fatores genéticos dos hospedeiros podem ser determinantes para o risco de progressão da tuberculose (TB) e infecção pelo HIV. Algumas variações genéticas têm sido associadas a diferenças no potencial para indução de apoptose e a alterações na produção de citocinas, tais como os polimorfismos de base única (SNPs) TNF-308G>A, DDX39B -22 G>C e -348C>T. Outra característica que acompanha a evolução da infecção é o estresse oxidativo sistêmico e o aumento da peroxidação. A Heme oxigenase-1 (HO-1) é o principal agente anti-oxidante expresso no tecido pulmonar, uma enzima de resposta ao estresse que degrada moléculas heme para a liberação de íons ferro, monóxido de carbono (CO) e biliverdina (BV). O presente trabalho propôs investigar fatores genéticos e imunológicos relacionados à imunopatogênese da TB e co-infecção TB-HIV. Para a realização do trabalho foram realizados: 1) uma revisão sistemática da literatura sobre os polimorfismos genéticos envolvidos nas vias e morte e associados com TB, 2) um estudo observacional de corte transversal para determinar a frequência de polimorfismos em voluntários monoinfectados com TB latente ou ativa e coinfectados com TB-HIV. Para este último foram recrutados 109 pacientes com tuberculose pulmonar (PTB), 60 pacientes coinfectados com HIV (TB-HIV) e 74 indivíduos com infecção tuberculosa latente (LTBI), e 3) Uma coorte avaliando os níveis de HO-1 e MMP-1 em pacientes com TB. Na revisão sistemática os polimorfismos dos genes do TNF, TNFR, IL-1 e P2RX7 estavam associados com tuberculose. No estudo de corte transversal a frequência do genótipo TNF-308G foi maior para o grupo LTBI comparado com TB e TB-HIV. A produção de TNF foi maior 8 entre os pacientes com PTB portadores do genótipo TNF -308GG. Os níveis de IL- 1α e IL-1β também foram mais elevados entre os pacientes com PTB portadores dos genótipos DDX39B -22CC e DDX39B -348CC. Não houve relação entre a produção de citocinas e a extensão da doença. Na coorte, os pacientes com TB apresentaram uma dicotomia na resposta de HO-1 MMP-1 com dois fenótipos, HO-1hiMMP-1lo e MMP-1 HO-1loMMP-1hi. Nosso estudo sugere que polimorfismos envolvidos na via de morte podem estar associados com susceptibilidade para o desenvolvimento da tuberculose, contudo, a frequência dos alelos e genótipos para os polimorfismos estudados não diferiram na co-infecção pelo HIV. O mecanismo entre o estresse oxidativo e remodelamento do tecido pode ter aplicabilidade clínica nos estágios da progressão da TB.