Abrindo caminhos: jovens mulheres no trânsitos entre aprender e ensinar dança

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Ornelas, Ana Cláudia Andrade
Orientador(a): Aquino, Rita Ferreira de
Banca de defesa: Costa, Suzane Lima, Brandão, Ana Elisabeth Simões
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Escola de Dança
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós - Graduação em Dança
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/32487
Resumo: A pesquisa propõe analisar as experiências de jovens educadoras e educandas de dança, a partir das transformações que ocorrem no trânsito entre o aprender e o ensinar, colocando em relevo o modo como estas experiências contribuem para construção de marcos éticos, com base em princípios comunitários, emancipatórios e de cidadania. Tais experiências (LARROSA, 2016) corroboram para o fortalecimento da dimensão política e atitudinal nestas jovens nas comunidades das quais participam. É no exercício permanente do aprender (ASSMANN, 1998) que modificam o modo como vêm o mundo, a sociedade, o corpo, a dança. Os temas nucleares da pesquisa são os processos de ensino-aprendizagens em dança, relacionando-os com a proposição de emancipação e educação libertadora trazidas por Rancière (2002) e Freire (1967, 1980, 1996). Em uma perspectiva comunitária, discuto os elos que se formam por meio do aprender, como comunidades de sentido (BRANDÃO, 2016), em diálogo com a noção de corpomídia (KATZ & GREINER, 2005). Destaco os estudos do feminismo negro (DAVIS, 2016, 2018; HOOKS, 2013; RIBEIRO, 2017) a partir de conceitos como empoderamento (BERTH, 2018), interseccionalidade (DAVIS, 2016; AKOTIRENE, 2018), para refletir sobre o cruzamento de marcadores que acompanham a trajetória de vida das participantes como gênero, idade, classe, raça e religiosidade. Os estudos dos movimentos sociais de educação popular (FREIRE, 1980), juventude (DAYREL, 2016; ABRAMO, 1998) e de cultura (PORTO, 2006) que reverberaram no cenário nacional nos fins do século passado, contribuem como marcos históricos e como alicerce para entender a contemporaneidade. A etnografia e a auto-etnografia são assumidas como abordagem metodológica, através da participação observante (WACQUANT, 2002; DANTAS, 2016) durante o Tirocínio Docente em componentes curriculares do eixo pedagógico da Licenciatura em Dança na UFBA e em outros contextos formais e não formais de educação em dança. A pesquisa opera na perspectiva da ecologia dos saberes (SANTOS, 2010), de modo a contribuir para a construção de novas epistemes, que podem ser compartilhadas e colocadas à disposição de pesquisadoras e pesquisadores, estudantes e comunidades, fortalecendo a universidade enquanto espaço público de interconhecimento.