Juntó dançando sankof : escrevivência na dança africana-brasileira.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Silva, Erick Santos lattes
Orientador(a): Paixão, Maria de Lurdes Barros da
Banca de defesa: Paixão, Maria de Lurdes Barros da, Conrado, Amélia Vitória de Souza, Machado, Adilbênia Freire
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Dança (PPGDANCA)
Departamento: Escola de Dança
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38527
Resumo: Apresento, através dessa pesquisa, o viés afrorreferenciado e suas dinamizações para a criação cênica. O projeto desenvolvido no Programa de Pós-graduação em Dança PPGDAN-UFBA toma como aportes principais os fundamentos da ancestralidade, o adinkra Sankofa, a cosmopercepção, abrangendo o ser por inteiro e o candomblé, para uma composição artística-acadêmica, centralizada no corpo negro, candomblecista, periférico, interiorano, às margens da sociedade. É urgente e mister que a criação cênica esteja pautada nos próprios fazeres, inspirações e embasamento teórico-prático no/e a partir do ser negro. As metodologias amalgamadas são: a “escrevivência”, a “autoetnografia”, aplicada na área da dança, ambas articuladas aos materiais do próprio pesquisador em diálogo com a base teórica e a prática junto com a escrita, o Juntó. O objetivo desse nó é desatar caminhos ancestrais afrodiaspóricos nos fazeres da arte cênica. A escrita vem também do “escreviver”, alicerçada às epistemes que enraízam as filosofias africanas, contando também com encontros acerca do tema da ancestralidade que alimentam os Diálogos Nagôs. A prática articulada diretamente ao teórico é inspirada e revelada nos movimentos dos Òrìṣà, com o intuito de homenageá-los. Por fim, utilizamos os movimentos da prática, contando também com a relação passado-presente-futuro de Sankofa e como eles culminam no corpo. As considerações (in)finitas apontam para um percurso em processo, cuja trajetória pretende-se e se afirma enraizada nos conhecimentos pretos. Para tanto, elegemos como título “Juntó dançando Sankofa: escrevivência na dança ancestral”, elegendo, como partes de sua composição, os componentes da árvore ancestral, a saber: o baobá, sua semente, suas raízes, seu tronco, seus galhos e seus frutos carregados de sementes.