Juntos na luta: a trajetória de uma associação de usuários e familiares dos serviços de saúde mental na cidade de Salvador, Bahia.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Santos, Marcos Roberto Paixão lattes
Orientador(a): Alves, Paulo César Borges
Banca de defesa: Nunes, Mônica de Oliveira, Silva, Gessé de Souza, Alves, Paulo César Borges
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais (PPGCS) 
Departamento: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH)
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/36366
Resumo: Esta dissertação resulta de um estudo qualitativo que teve por objetivo compreender como se configura a identidade de uma associação de indivíduos em situação de sofrimento mental num contexto de Reforma Psiquiátrica Brasileira e de Luta Antimanicomial. A pesquisa de campo, realizada entre agosto de 2010 e maio de 2011, esteve ancorada no acompanhamento do cotidiano desta associação. Neste percurso, além do uso das técnicas etnográficas de coleta de dados, foram realizadas entrevistas individuais semiestruturadas e um grupo focal. Reconstruímos e interpretamos o itinerário da associação a partir de três dimensões analíticas imbricadas entre si: a experiência de um membro (o processo que leva a construção da “carreira de doente mental” e os momentos em que passam a ocorrer “situações de quebra” levando o indivíduo a se organizar em grupo; o grupo-para-sí (o lugar onde as biografias são metabolizadas na experiência cotidiana do grupo, sendo um espaço de intersubjetividade, aprendizagem e mobilização, ao mesmo tempo em que atualizam os aspectos éticos, epistemológicos e políticos da Reforma e da Luta; o grupo-com-os-outros (a experiência de se constituir como objeto do olhar de outros atores presentes no referido campo). A termo, percebemos como mais do que uma associação formal, este coletivo de indivíduos se constitui como um grupo que tem por identidade de ação a superação das instituições, práticas e mentalidades manicomiais. Na efetivação desta ação, papéis e identidades são redefinidos, remetendo-nos às aporias da identidade deste novo (velho) sujeito.