Loucos pela diversidade: contribuições de Paulo Amarante à luta antimanicomial no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Escarião, Eneuda Ferreira da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Escola de Formação de Professores e Humanidades
Brasil
PUC Goiás
Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em História
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/4916
Resumo: Esta pesquisa apresenta a trajetória histórica da loucura no Brasil, discussões e lutas pela Reforma Psiquiátrica a partir do estudo das contribuições de Paulo Amarante à luta antimanicomial brasileira. Proposta que realizou um adendo no percurso das teorias e experiências de psiquiatras de outros países a exemplo Franco Basaglia na Itália, que fundamentou ideias de mudanças nas formas de internações vistas como violentas no acolhimento e tratamento das pessoas consideradas "loucas". Paulo Amarante escreve a história da reforma psiquiátrica considerando o contexto histórico desde as primeiras organizações que articulavam as mudanças emergentes na saúde mental. Da efervescência do contexto político de 1970, surgem os movimentos sociais e suas ações pautadas na busca pelas transformações com vistas à desinstitucionalização, que não sinalizou somente o fechamento dos hospitais psiquiátricos, mas, indicou a necessidade da ruptura de práticas de reclusão das pessoas com distúrbios mentais em manicômios que representou no Brasil uma longa história de violência e segregação. Evidenciamos a reforma psiquiátrica considerando a efetiva participação de atores determinantes que puderam à luz de outras experiências propor a possibilidade de criação de uma rede de atenção que efetivamente substitua os hospitais psiquiátricos. Nesse intuito ainda, discutimos o caminho legal para a construção das políticas de atendimentos substitutivos e observamos a existência de lacunas deixadas pelas leis que trazem morosidade e inserção de novas práticas, a partir da burocracia governamental. Demonstrar historicamente toda problemática da loucura, a luta pelo direito e exercício da cidadania, a inclusão dos sujeitos acometidos por sofrimento psíquico a partir das contribuições de Paulo Amarante foi nosso intento. Há de se compreender que é preciso avançar, pois há muito a ser feito para a conquista da garantia de direitos e liberdades às pessoas acometidas de sofrimento mental fora dos portões dos manicômios