Juventude e escola: a constituição dos sujeitos de direito no contexto das Políticas de Ações Afirmativas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Silva, Naiaranize Pinheiro da
Orientador(a): Ferreira, Rosilda Arruda
Banca de defesa: Santos, Patrícia Lessa, Benevides, Silvio Cesar Oliveira, Vasconcelos, Edith Luzia de Almeida, Silva Filho, Penildon
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Educação
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/19333
Resumo: O debate sobre as ações afirmativas na educação tem muitos aspectos a serem explorados. Em uma sociedade caracterizada por um tipo de racismo que se camufla no mito da existência de uma democracia racial, discutir sobre cotas raciais na educação é penetrar em um terreno cheio de polêmicas e contradições. De outro lado, os estudos sobre juventude têm enfatizado a existência de muitas juventudes tendo em vista que as desigualdades, tanto as sociais como as étnico-raciais produzem diferentes modelos do que é ser jovem, não apenas no Brasil, mas em todo o mundo. Neste sentido, nosso objetivo com este estudo é estabelecer algumas relações entre juventude, ações afirmativas e educação detro do espaço escolar, elegendo como campo de observação os estudantes do Ensino Médio do IFBA, campus Salvador. Deste modo, iniciamos o estudo pela busca de compreender a própria educação profissional vigente na rede federal, a qual nos primeiros anos do século XXI viveu um intenso processo de transformações e crescimento. É este o contexto de implantação das ações afirmativas, implicando não apenas na ampliação da oferta, como também no ingresso de estudantes de variados grupos sociais, promovendo de certo modo uma maior democratização do acesso. A ampliação do acesso não se dá, entretanto, sem que esses “novos estudantes” passem a demandar um maior cuidado e atendimento ao que se faz na ampliação da Política de Assistência Estudantil dentro dos institutos e não apenas para o Ensino Superior como antes ocorria. Essas políticas voltadas à inclusão de grupos historicamente alijados da educação pública através da rede federal provocam novas reflexões sobre currículo, respeito à diversidade e sobre diversos aspectos que envolvem a permanência dos estudantes na escola. Assim, através da Análise do Discurso de orientação francesa, tomamos o discurso dos estudantes nos voltamos à reflexão sobre a adoção da Política de Ações afirmativas, tendo como foco os sentidos dados por esses jovens sujeitos ao direito à educação e como ele se configura na compreensão dos mesmos. Nesta análise se evidencia a permanência de sentidos já existentes em nossa sociedade manifestos em dicotomias identificadas no debate sociológico, como a dualidade raça/classe e exigência de melhoria da qualidade da escola pública.