Dos riachos aos canais: o desprezo pela natureza na cidade em ambiente semiárido no Brasil (Juazeiro-Ba)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Nigro, Matteo
Orientador(a): Brito, Cristovão de Cássio da Trindade de
Banca de defesa: Brito, Cristovão de Cássio da Trindade de, Carvalho, Maria Lúcia Araújo Mendes de, Silva, Liliane Ferreira Mariano da, Campos, Hernani Loebler, Villariño, Brais Estévez, Santos, Jemison Mattos dos
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Geociências
Programa de Pós-Graduação: Geografia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/25655
Resumo: Neste estudo aborda-se o tema dos riachos urbanos poluídos, na perspectiva da valorização e do respeito pela natureza na cidade por parte da população e do poder público. O objetivo da pesquisa foi realizar uma análise socioambiental dos nove riachos urbanos de Juazeiro-BA que, ao longo da história da cidade, foram transformados em grandes canais de esgoto a céu aberto, gerando impactos sobre a vida da população. Com isso, na cidade apareceu uma imagem negativa da natureza, que não favorece a sua recuperação. Sendo uma questão de ordem política, em nível teórico buscou-se explicar a relação entre a natureza e a política, com base numa concepção político-filosófica. Partindo da história das atitudes humanas sobre a natureza foi discutida a teoria do alheamento como condição de origem do desprezo do sujeito humano (político) pelo objeto natural. Por meio de levantamentos de campo, análise da água/esgoto e do ar, questionários, entrevistas, grupos focais e pesquisa documental, neste estudo foi investigado principalmente o processo histórico local de como os riachos foram transformados em canais, e procurou-se compreender empiricamente em que se baseiam as representações sociais negativas sobre os riachos urbanos, analisando a lógica atual de esconder e tamponar os riachos na cidade, tratando os ambientes naturais como se fossem resíduos, e não a própria natureza.