O discurso imagético no ensino de física: gestos, materiais e seus significados na transposição do conhecimento científico.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Santos, Alan Santos dos
Orientador(a): Penido, Maria Cristina Martins
Banca de defesa: Sousa, Guaracira Gouvêa de, Pigozzo, Cassio Bruno Magalhães, Silva, Jose Luis de Paula Barros, Rocha, Gustavo Rodrigues, Teixeira, Elder Sales, Penido, Maria Cristina Martins
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Universidade Estadual de Feira de Santana
Instituto de Física - UFBA
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ensino, Filosofia e História das Ciências.
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/30698
Resumo: Buscamos neste trabalho uma compreensão sobre a constituição e utilização do Discurso Imagético desenvolvido pelo professor em salas de aula de Física. Tendo sido motivada pelas observações acumuladas durante a experiência na docência, é dessas vivências também que surgem as questões ligadas às interpretações divergentes entre estudantes e professores sobre os significados atribuídos às imagens em situações do ensino de Física. Em termos filosóficos, as imagens podem se configurar em obstáculos ao desenvolvimento científico, se não for compreendido o seu papel nesse processo, o que clama por uma aprendizagem específica acerca de suas funções. Assim, nosso objetivo consiste em discutir o papel da linguagem visual no trabalho docente, identificando e classificando os diversos modos de representação visual usado pelo docente. Nesse sentido, significados construídos com uso de imagens têm sido alvo crescente de discussões em diversas áreas de conhecimento, e aqui nos dedicamos ao caso do Ensino de Física, em uma discussão sobre a construção de significados por meio dos signos que acaba inclusive, contribuindo para vislumbrar outros olhares sobre o ensino das ciências em geral. As discussões que tecemos se baseiam em nossa apropriação da teoria Semiótica proposta por Charles Sanders Peirce, que possui uma ampla tipologia de signos e suas inter-relações, permeada pelas ideias de Chevallard acerca da Transposição Didática, no que tange à ação do professor enquanto agente dessa transformação em sala de aula, e ainda, perpassada pelas preocupações de Bachelard acerca do desenvolvimento do “espírito científico”. Analisando eventos de nossa experiência pregressa na docência, nos debruçamos sobre o tema para indicar direções no que tange ao uso do Discurso Imagético no ensino de Física, realizando uma análise visual semiótica de aulas de física com o intuito de contribuir para as pesquisas e para as práticas em Educação. Voltamos o nosso olhar para o ser e o fazer docente, evidenciando a necessidade de uma trilha formativa que seja capaz de ampliar os potenciais do educador e facilitar seu trânsito pelos modos discursivos da educação atual que se transformam constantemente. Entre os resultados esperados, buscamos justificar a inclusão da linguagem visual no rol de saberes necessários à formação docente, no que indicamos elementos de sua constituição, contribuindo ainda, com o uso da Semiótica peirceana com um instrumento importante na análise da ação docente.