O Sonho da Terra: Trabalhadores Rurais e o Surgimento do MST na Bahia (1975-1989)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: D'icarahy, Leonardo Dantas
Orientador(a): Costa, Iraneidson Santos
Banca de defesa: Costa, Iraneidson Santos, Cunha, Joaci de Souza, Negro, Antônio Luigi
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
MST
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/31928
Resumo: O objetivo desta dissertação é analisar os processos de luta pela terra dos trabalhadores rurais do extremo sul baiano e o surgimento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) na Bahia a partir desta região entre os anos de 1975 e 1989. Nesse sentido, buscamos realizar um trabalho de História Social, cuja abordagem pretende tratar da história dos trabalhadores, bem como da formação de uma de suas organizações, o MST. Recuamos o nosso olhar para antes dos fatos que precipitaram o surgimento deste movimento social no estado baiano e nos deparamos com uma série de fenômenos ligados ao mundo rural da região, a exemplo da grilagem de terras, que foi gerador de diversos conflitos envolvendo posseiros, alguns dos quais analisamos. Relacionamos tais fenômenos ao processo de aprofundamento das relações capitalistas no universo agrário do extremo sul da Bahia. Observamos igualmente a relevância da Igreja Católica Diocesana de Caravelas e do sindicalismo rural enquanto mediadores das lutas dos trabalhadores rurais da região. Em relação ao MST, buscamos entender seu surgimento a partir da confluência de diversos fatores, desde a decisão de se tornar um movimento nacional ao contexto que seus militantes encontraram na Bahia. Percebemos que o seu estabelecimento se deu sob a influência de suas repostas aos desafios políticos colocados pela conjuntura. As famílias sem terra, por sua vez, agiram informadas por seus próprios desejos e expectativas, baseados em suas experiências, cálculos de realidade e por noções do que consideravam justo.