Ensino e aprendizagem como processos emancipatórios em dança: uma ode ao fim dos modelos e formalismos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Borsatto, Mabile
Orientador(a): Machado, Adriana Bittencourt
Banca de defesa: Ferreira, Maíra Costa, Andréa, Bertoldi
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Escola de Dança
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós Graduação em Dança
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/19373
Resumo: Esta pesquisa nasce da percepção de que há comportamentos e espaços cristalizados na dança que se distanciam dos processos de ensino e aprendizagem pela experiência. Acredita-se, então, que os modos onde há hierarquia centralizadora de poder, mecanismos de dominação e estruturas sólidas e pouco flexíveis nas relações de ensino e aprendizagem, sobrepondo a experiência, podem ser subvertidos pela ambivalência, ambiguidade, incerteza e pela complexidade, uma vez que as mesmas operam contemplando a diferença como experiência singular de cada corpo. Ao procurar pela mobilidade e flexibilidade de distintos modos de fazer e solucionar do corpo nos processos de ensino e aprendizagem, bem como pela promoção do entrelaçamento entre perspectivas de diferentes sujeitos e diferentes contextos, busca-se a realização da dança como um espaço de percepções híbridas capaz de inventar, transformar, aprimorar, ampliar sentidos e mover contextos. Nesse sentido, percebe-se que as experiências não se reduzem, nem se simplificam, mas geram uma nova tessitura entre o conhecido e o desconhecido, entre o convencional e o inovador, entre a ordem e a desordem. A possibilidade de situar a ambivalência, a ambiguidade, a incerteza e o inacabamento como condições de existência da complexidade, atuam como um sinal de reconhecimento para a construção de lógicas de conduta e operacionalidades em dança, e incidem como princípios norteadores da auto-observação e do autoconhecimento e permite que outros modos de ensinar e aprender sejam inventados. Essa inquietação traz a percepção de que o conhecimento é feito de trocas e, que, portanto, não é causal e nem linear. O conhecimento, nessa perspectiva, ocorre na percepção das urgências do momento, pelas correlações possíveis e por ações transgressoras, ousadas e não determinadas.