Sertaniando: Relações entre Música e Imagens Visuais no Filme Boi Aruá

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Seixas, Luís Cláudio Pires
Orientador(a): Lima, Paulo Costa
Banca de defesa: Castro, Angelo Tavares, Brandão, José Maurício, Perrone, Maria da Conceição Costa
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Escola de Música
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Música
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/33815
Resumo: Essa pesquisa busca entender o caminho percorrido pelo compositor Ernst Widmer em resposta ao desafio de se referir ao sertão nordestino em “Boi Aruá”, um filme de desenho animado de Chico Liberato, cujo roteiro escrito por Alba Liberato, parte da história mítica de um boi encantado, impossível de ser capturado. Para tanto, inicialmente, esse filme foi localizado na tradição do cinema brasileiro e no contexto dos filmes de animação (capítulo 1). A modelagem conceitual desse estudo é feita pelos atributos sertanejos da aridez, intrepidez e encantamento que além de orientarem o esforço reflexivo aqui empreendido, aparecem refletidos nas reações criativas produzidas a partir dessa pesquisa. Com o objetivo de facilitar as reflexões analíticas empreendidas em “Sertania”, que é a versão para concerto da música composta por Widmer para “Boi Aruá” e suas relações com imagens visuais foram discutidos alguns aspectos da música fílmica a partir dessa obra audiovisual (capítulo 2) para então, após uma visita ao sertão enquanto contexto gerador de narrativas (capítulo 3), ambientar a pesquisa com o objetivo de facilitar uma aproximação com esse local, com seu povo e sua cultura. A partir daí foi realizado um mergulho analítico (capítulo 4) em “Boi Aruá” e na música orquestral composta por Widmer para apoiá-lo partindo-se de hipóteses que desconfiavam que (1) essa música estaria estruturada em torno do conceito de simetria e que (2) a aplicação musical desse conceito, nessa obra, estaria orientando escolhas no campo das alturas. A confirmação de tais hipóteses implicou na percepção de alguns recursos técnicos usados por Widmer que incluem um extenso trabalho motívico e grafismos usados de modo peculiar. Além disso, o conteúdo simbólico do roteiro de “Boi Aruá” inspirou uma leitura simbólica que o relaciona numericamente com “Sertania”. Como se trata de uma pesquisa focada em composição musical, os atributos representáveis do sertão inspiraram soluções criativas em peças musicais compostas como reações ao observado analiticamente (capítulo 5). As conclusões e recomendações para favorecerem futuras realizações, por fim, fecham esse texto (capítulo 6).