Caracterização dos estágios da doença de Parkinson através de variáveis biomecânicas do equilíbrio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Santos, Dayana da Silva lattes
Orientador(a): Sena, Eduardo Pondé de lattes
Banca de defesa: Carneiro, Ana Paula Andrade Gomes Quixadá lattes, Sena, Eduardo Pondé de lattes, Miranda, José Garcia Vivas lattes, Conceição, Cristiano Sena da
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas (PPGORGSISTEM) 
Departamento: Instituto de Ciências da Saúde - ICS
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/35117
Resumo: Introdução: A doença de Parkinson é uma enfermidade neurodegenerativa, progressiva, caracterizada pela diminuição de neurônios dopaminérgicos na substância negra (pars compacta). Seus sintomas motores são bradicinesia, instabilidade postural, tremor de repouso e rigidez muscular que se manifestam quando há morte de 60 a 70% dos referidos neurônios. As escalas que avaliam a evolução da doença são escala de Hoehn e Yahr e a escala Unificada de Avaliação da Doença de Parkinson. Nem sempre as medidas de estatísticas descritivas conseguem mensurar e descrever a dinâmica dos dados da tarefa do equilíbrio, por isso medidas não lineares vêm sendo utilizadas para análise do controle postural. Objetivos: Identificar as alterações das propriedades biomecânicas relacionadas aos estágios da doença de Parkinson, utilizando as medidas clássicas (velocidade e trajetória), Decomposição em Elementos de Movimento, Expoente de Hurst e o Índice de Fourier. Metodologia: Trata-se de um estudo observacional de corte transversal, com uma amostra composta por sujeitos com doença de Parkinson, registrados no Laboratório de Aprendizagem Sensório-Motora, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, e por idosos sem a referida comorbidade que compuseram o grupo controle. Analisaram-se todas as variáveis biomecânicas possíveis de detecção através do CvMob e da decomposição em elementos de movimento e a partir das variáveis analisadas foram criados alguns índices biomecânicos, na condição de tarefa simples. Utilizou-se para análise estatística o teste não paramétrico de Kruskal-Wallis porque as variavéis não apresentaram distribuição normal. Resultados: Participaram do estudo 53 indivíduos, sendo 17 do grupo controle e 36 do grupo experimental. Observou-se que indivíduos com doença de Parkinson, principalmente no HY2, oscilam mais lateralmente e mais rápido. O tremor se mostrou mais presente no grupo HY3. Conclusão: A quantidade de elementos de movimento presente no estágio 2 da doença, mostrou que esses indivíduos apresentam uma grande oscilação nessa fase e que esta oscilação pode sofrer influência do tremor principalmente no estágio 3. Diante disso, neste estudo, foi possível identificar alterações biomecânicas através da análise do equilíbrio em pacientes com a doença, especialmente no estágio 2 da escala Hoehn Yahr.