Validação da versão brasileira da Escala de Equilíbrio e Marcha (GABS) e análise do risco de quedas em indivíduos com doença de Parkinson e sujeitos saudáveis

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Oliveira, Jussara Almeida de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17140/tde-18122014-101553/
Resumo: Os estudos realizados até o momento demonstram que os instrumentos descritos na literatura possuem pouca capacidade de identificar os indivíduos em risco de quedas e portanto, existe a necessidade do desenvolvimento de novos testes ou de uma bateria de testes para essa população. Este estudo teve como objetivo traduzir e validar a Escala de Equilíbrio e Marcha (GABS) para aplicação em pacientes com doença de Parkinson (DP), determinar as características clínicas que estariam associadas ao maior risco de quedas em pacientes com DP e sujeitos saudáveis e analisar a utilidade do teste de Estabilidade Postural para avaliar o risco de quedas nos pacientes com DP. Foram selecionados pacientes do Ambulatório de Distúrbios do Movimento (AEXP) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto Universidade de São Paulo, com diagnóstico de DP e controles saudáveis. Os participantes foram avaliados por meio da versão motora simplificada da UPDRS, escalas de HY, SE, FOGQ, FES-I, BBS e GABS. Fizeram parte do estudo 107 pacientes com DP e 80 controles e pode-se verificar que a versão brasileira da GABS mostrou ser válida e confiável, com ótima consistência interna e boa confiabilidade inter e intraexaminador. Além disso, obteve validade convergente consistente, com correlações boas com outros instrumentos que avaliam o mesmo conceito. Somado a esses resultados, a GABS teve boa acurácia, sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo e valor positivo negativo considerável. Quando a GABS foi comparada com a BBS, as duas escalas tiveram resultados semelhantes. Entretanto, a GABS mostrou ser uma escala mais completa que a BBS, pois avalia diversos aspectos relacionados ao risco de quedas, como a instabilidade postural, alterações na marcha, o freezing e o medo de quedas, mostrando ser um instrumento mais interessante de ser utilizado em futuros ensaios clínicos e estudos prospectivos de evolução clínica da doença. Com relação às quedas, o principal ambiente relacionado às quedas nos pacientes com DP foi o doméstico e a marcha a principal causa, já nos controles o principal local das quedas também foi o doméstico e a principal causa de quedas foram os obstáculos presentes no ambiente. Além disso, maior tempo de doença e maior medo de quedas foram os fatores que mais contribuíram para explicar as quedas da população com DP. O teste de Estabilidade Postural conseguiu diferenciar os indivíduos com DP que sofreram quedas dos que não sofreram quedas, obteve correlações significativas com outros instrumentos que avaliam o equilíbrio e teve boa confiabilidade interexaminador.