Associação entre o desempenho do equilíbrio em testes funcionais e análise cinemática bidimensional em pessoas com doença de Parkinson

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Santos, Gabriel Venas
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5170/tde-21112023-152356/
Resumo: Introdução: A instabilidade postural é um sintoma cardinal debilitante da doença de Parkinson (DP). Seu início marca um marco fundamental na DP quando o comprometimento do equilíbrio resulta em incapacidade em muitas atividades da vida diária. A detecção precoce da instabilidade postural por meio de ferramentas não dispendiosas que podem ser amplamente utilizadas na prática clínica é um fator chave para a prevenção generalizada de quedas na população e suas consequências negativas. Objetivo: Investigar a eficácia de uma avaliação de equilíbrio bidimensional para identificar o declínio no controle postural associado à progressão da DP. Métodos: 55 pessoas com DP, 37 do sexo masculino, 11 participantes no estágio 1, 23 no estágio 2 e 21 no estágio 3 de acordo com a escala de classificação H&Y, realizaram três testes clínicos de equilíbrio (Timed Up and Go, Balance Evaluation Systems Test e Pull and Rest Test) além do teste de postura estática registrado por um software de análise de movimento bidimensional. Com base nas variáveis cinemáticas geradas pelo software, foi criado um Índice de Instabilidade Postural (IIP), permitindo uma comparação entre seus resultados e os obtidos por testes clínicos. Resultados: Houve diferenças entre variáveis sociodemográficas diretamente relacionadas à evolução da DP. Embora todos os testes tenham se correlacionado com os estágios de H&Y, apenas o IIP foi capaz de diferenciar os três primeiros estágios de evolução da doença (H&Y 1 e 2: p = 0,03; H&Y 1 e 3: p = 0,00001; H&Y 2 e 3: p = 0,02). Os demais testes clínicos foram capazes de diferenciar apenas pessoas no estágio moderado da DP (H&Y 3). Conclusão: Com base no índice IIP, foi possível diferenciar o declínio do controle postural entre os três primeiros estágios de evolução da DP. Este estudo oferece uma possibilidade promissora de identificação precoce e de baixo custo de mudanças sutis no controle postural de pessoas com DP na prática clínica