Sob o signo da posse: o tramado interdiscursivo na lírica de Maria Lúcia Dal Farra

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Silva, Ivo Falcão da
Orientador(a): Telles, Lígia Guimarães
Banca de defesa: Telles, Lígia Guimarães, Cordeiro, Verbena Maria Rocha, Herrera, Antonia Torreão
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Letras
Programa de Pós-Graduação: Literatura e Cultura
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/16255
Resumo: O presente trabalho discute a interdiscursividade na lírica da escritora paulista de Botucatu,Maria Lúcia Dal Farra, com destaque para a sua segunda coletânea de poemas, publicada em 2002, o Livro de Possuídos. Inicialmente, rastreamos o perfil autoral da poetisa, levando em consideração as suas múltiplas atuações: docente, crítica, intelectual e ficcionista. Nesse momento, observamos por meio de entrevistas, depoimentos, textos teóricos e poesias como os vários discursos da escritora estão entrecruzados em suas diferentes produções. No segundo momento da dissertação, adentrando com maior acuidade em nosso objeto de pesquisa eleito, o Livro de Possuídos, apresentamos os trânsitos intertextuais que estão presentes entre a obra da escritora e a do poeta latino Virgílio. Além disso, na seção desse livro denominada Vergilianas, levamos em conta também o diálogo que é estabelecido com a tradição literária, uma postura da poetisa em revisar os discursos do passado e imprimir outras possibilidades de leitura. Na última parte da dissertação, focalizamos a relação entre poesia e pintura, considerando as interlocuções presentes entre essas duas linguagens. A poetisa, ainda no referido livro, apropria-se de algumas obras plásticas dos artistas Gustav Klimt e Vincent Van Gogh (nomes que dão título aos últimos dois blocos da referida publicação) para construir os seus textos poéticos. Com isso, pode-se perceber que a poesia de Dal Farra utiliza dos diálogos entre textos e imagens para, além de reler a tradição, expor o seu pensamento sobre a arte e a literatura.