Saraiva, Dantas e Cotegipe: baianismo, escravidão e os planos para o pós-abolição no Brasil (1880-1899)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Cruz, Itan lattes
Orientador(a): Negro, Antonio Luigi lattes
Banca de defesa: Negro, Antonio Luigi lattes, Mata, Iacy Maia lattes, Pinto, Ana Flávia Magalhães lattes, Azevedo, Elciene Rizzato lattes, Souza, Felipe Azevedo e lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História (PPGH) 
Departamento: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH)
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/36441
Resumo: A presente tese investiga o baianismo e suas implicações sobre a escravidão ao longo da década de 1880. O baianismo consiste, originalmente, num fenômeno político que evidencia a preponderância numérica de baianos nos gabinetes ministeriais do Segundo Reinado. Nesta pesquisa analisa-se especificamente os governos de José Antonio Saraiva (1880-1882;1885), de Manuel Pinto de Souza Dantas (1884-1885) e de João Maurício Wanderley, barão de Cotegipe (1885-1888), demonstrando como esses homens, oriundos da Bahia, exerceram a política da escravidão, procurando estender a existência do cativeiro ao máximo, precarizando a experiência de liberdade da população livre e liberta, criminalizando toda a população de cor sob o pretexto de evitar o que chamavam de “desorganização do trabalho”, além de trabalharem para garantir indenização às classes senhoriais. Ao longo das páginas seguintes, demonstra-se como o baianismo não era um fenômeno político homogêneo e harmônico entre si, podendo até comportar posições políticas antagônicas, alcançando escravocratas empedernidos e abolicionistas decididos. Tampouco estava restrito aos homens e aos seus ministérios, mas, antes disso, abrangia a dimensão íntima das relações pessoais dos imperantes, incluindo mulheres, como Luiza Margarida Portugal de Barros, condessa de Barral e da Pedra Branca, e pessoas negras livres, a exemplo de André Rebouças, Maria Amanda Lustosa da Cunha Paranaguá e Franklin Américo de Menezes Dória.