Andar e caminhar: comunidades ancestrais afroequatorianas Carondelet e Mascarilla e a luta pelo território

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Amorim, Cristiano Celestino Dourado Borges
Orientador(a): Carvalho, Ana Paula Comin de
Banca de defesa: Muller, Cintia Beatriz, Silva, Vera Regina Rodrigues da, Carvalho, Ana Paula Comin de
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Antropologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/33550
Resumo: Esta dissertação investigou a situação contemporânea das comunidades ancestrais afroequatorianas, com foco em duas comunidades: Carondelet, no cantão San Lorenzo, na província de Esmeraldas, e Mascarilla, no cantão Mira, Vale do Chota, província de Carchi. Os países da América Latina têm em comum uma história de construção de nação que passa pelo papel dos povos de origem africana na formação da sociedade e produção de riqueza e cultura nesses países. Contudo, tal contribuição, quando reconhecida pelos países latinos, não vem associada ao pleno exercício da cidadania, mas sim de um sistemático processo de opressão, exclusão e de desigualdades significativas fruto, sobretudo, do racismo estrutural que conforma estas sociedades. No Equador, a luta contra a escravidão ocupa papel central na construção do país. Esta dissertação conta um pouco desta história. Após o fim da escravidão, ao logo da história e na contramão desta opressão, as comunidades ancestrais afroequatorianas foram capazes de manter sua existência e valores, com organização própria em defesa dos direitos de cidadania, que lhes asseguraram reprodução física, social, econômica e cultural nos territórios ancestrais. Esses territórios são habitados por grupos com identidade étnico-racial que desenvolveram estratégias para continuarem a existir nos seus espaços geográficos, tendo como referência central o território.