Estudo genético e clínico da Síndrome de Williams-Beuren em pacientes do nordeste brasileiro
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Instituto de Biologia
Departamento de Biologia Geral |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Genética e Biodiversidade
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/34224 |
Resumo: | Introdução: A Síndrome de Williams-Beuren (SWB) é uma doença de etiologia genética, causada pela microdeleção da região 7q11.23. As principais características clínicas da síndrome são dismorfologias faciais típicas, deficiência intelectual, cardiopatia congênita e personalidade amigável. A Hibridação In Situ por Fluorescência (FISH) é uma importante ferramenta no diagnóstico de pacientes com SWB, sendo considerada a técnica “padrão ouro”, porém é limitada por sua resolução, não identificando deleções atípicas e duplicações. A Multiplex Ligation-dependent Probe Amplification (MLPA) surge, então, como uma alternativa à FISH sendo uma técnica mais informativa que permite a caracterização detalhada da região deletada. Objetivos: O presente estudo teve como objetivo principal identificar e caracterizar alterações genômicas na região crítica da SWB não diagnosticadas pela FISH. Casuística: Foram estudados 24 pacientes da rede pública de saúde do Nordeste Brasileiro que apresentavam cariótipo normal e suspeita / diagnóstico clínico da SWB. Metodologia: Foram realizadas as técnicas de FISH e MLPA e caracterização clínica dos pacientes. Resultados: O presente trabalho confirmou o diagnóstico clínico para SWB de 16/24 (66,7%) pacientes estudados. A MLPA confirmou todas as 16 deleções identificadas pela FISH, além de caracterizá-las como deleções típicas da região crítica da SWB. Nos demais 8 pacientes que apresentavam FISH normal, a MLPA confirmou a ausência de alterações citogenômicas em 7q11.23 em 7 deles, e identificou uma duplicação atípica da região crítica da SWB em um paciente, contrariando o diagnóstico clínico. Além disso, foi identificado um caso SWB familial entre mãe e filha, raramente encontrado na SWB. Conclusões: A avaliação genética nesse estudo permitiu confirmar a SWB na maioria dos pacientes estudados. Ambas as metodologias da FISH e MLPA são eficientes na confirmação diagnóstica da SWB. No entanto, somente a MLPA é capaz de caracterizar e identificar possíveis duplicações. O diagnóstico genético de pacientes com suspeita clínica de SWB é de grande importância para o prognóstico dos pacientes, esclarecimentos aos familiares e realização de aconselhamento genético preciso para estas famílias. |