Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Santos, Josafá da Silva |
Orientador(a): |
Cruz, Simone Cerqueira Pereira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto de Geociências
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Programa de Pós-Graduação: |
Geologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/23630
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Resumo: |
Na porção sul do Órogeno Itabuna-Salvador-Curaçá, sudeste do estado da Bahia, ocorrem rochas metassedimentares pertencentes ao Complexo Ibicuí-Ipiaú, denominadas Sequência Metassedimentar Ibicuí-Iguaí-SMSII. Intrudidas nessa sequência ocorrem rochas metaígneas félsicas, metamáficas e metaultramáficas, além de granitoides sin-e tarditectônicos. Carência de estudos nesta sequência e nos depósitos de ferro associados torna esse trabalho desafiador e importante no cenário exploratório regional. Coleta de amostras, análise estrutural, estudos petrológicos e análises microquímicas foram realizadas. Associados à SMSII ocorre um conjunto de corpos de minério de ferro denominado Distrito Ferrífero de Ibicuí-Iguaí. Esses corpos são lenticulares ou tabulares, de composição predominantemente magnetítica e hematítica. Os tipos de minérios encontradas podem ser supergênico, sedimentar/metamórfico microbandado, hidrotermal maciço e hidrotermal venular. Apresentam volumes variando entre 1,08 a 40 Mt e teor médio de FeOt de 35%. A área de estudo foi submetida à uma fase D1 que formou o bandamento composicional e a xistosidade S0//S1. Na fase D2 dobras regionais com trend N-S e xistosidade S2 de plano axial foram geradas. A Fase D3 nucleou zonas de cisalhamento transpressionais e transdistensionais de cinemática predominantemente sinistral e xistosidade S3 que paraleliza as xistosidades S0, S1 e S2, e que funcionaram como condutos para fluidos mineralizantes e formação de domínios ricos em magnetita hipogênica. Sucessões paragenéticas sugerem um evento metamórfico polifásico. O estágio1 progressivo é marcado por associações que representam condições da fácies granulito e por microestruturas de coroa de reação e núcleo manto formada por clino e ortopiroxênio em porfiroclastos desses minerais nas rochas metaígneas. O estágio2 é marcado por orto e clinopiroxênios orientados segundo a S2. Uma geração4 de ortopiroxênio relaciona-se com ambiente transpressional, marcando a xistosidade S3 no início da fase D3. Os últimos estágios são regressivos, com associações da fácies anfibolito como granada e cordierita coroando cianita e ortopiroxênio respectivamente nos xistos aluminosos, além de uma série de anfibólios como grunerita/cummingtonita e hornblenda tschermakita nos itabiritos e metaígneas. O evento mineralizador associa-se com a presença de estruturas transdistensionais associados com zonas de cisalhamento transpressionais. A magnetita hidrotermal de segunda geração, está associada com microestruturas do tipo canal, substituição orientada, substituição por corrosão de borda e mineral esqueletal que substitui a mineralogia hospedeira ígnea/metamórfica pré-alteração marcando a evolução da alteração hipogênica e mineralização em ferro das rochas da SMSII e metaígneas intrusivas. O estágio tardio/fissural da fácies xisto verde é revelado por segunda geração de anfibólios de Fe-Mg e Ca-Na, além de carbonato, clorita, epídoto, muscovita/sericita, magnetita de terceira geração, pirrotita e calcopirita associado à venulações, brechas e fraturas de tração e transdistensão. Os estudos realizados nas rochas da SMSII e metaígneas intrusivas demonstram que essas rochas apresentam domínios com variada intensidade de alteração hidrotermal, ocorrendo desde domínios fracamente hidrotermalizados, onde reconhece-se as tramas ígnea/sedimentar/metamórfica, até domínios com elevada intensidade de alteração hidrotermal onde predominam minerais hidrotermais, sendo o de maior volume a magnetita hidrotermal. |