estudo do potencial da emetina em eliminar céluas-tronco leucêmicas de leucemia mieloide aguda.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Silva, Suellen Laila Rocha lattes
Orientador(a): Bezerra, Daniel Pereira
Banca de defesa: Barbosa, Cynara Gomes, Militão, Gardenia Carmen Gadelha, Ferreira, Paulo Michel Pinheiro, Montenegro, Raquel Carvalho, Bezerra, Daniel Pereira
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Farmácia (PPGFAR) 
Departamento: Faculdade de Farmácia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38736
Resumo: INTRODUÇÃO: A leucemia mieloide aguda (LMA) é uma doença com baixa taxa de sobrevivência em 5 anos. Uma das razões para essa alta mortalidade é a resistência das células-tronco leucêmicas (CTLs) aos tratamentos convencionais, levando à recorrência da doença. A via de sinalização NF-κB está ativada nas CTLs de LMA, tornando-se um alvo atrativo para a eliminação dessas células. A emetina (EMT), um antiparasitário utilizado clinicamente, mostrou inibir a sinalização NF-κB. OBJETIVO: Avaliar o potencial antileucêmico da emetina em eliminar CTLs de LMA em modelo translacional in vitro e in vivo utilizando células KG-1a. METODOLOGIA: Inicialmente, EMT foi testada em um painel de células cancerosas e não cancerosas para determinar a CI50 e avaliar sua citotoxicidade. Em seguida, a presença e eliminação das CTLs foi identificada por citometria de fluxo, utilizando anticorpos para CD34, CD38, CD13, CD33, CD123, CD97 e CD99. Ensaios para investigar o mecanismo de ação do composto utilizando a linhagem KG-1a foram realizados, incluindo ensaio de exclusão por azul de tripan, análise do padrão de morte celular, expressão de caspase-3 e PARP-1, ativação da via NF-κB, avaliação do ciclo celular, estresse oxidativo e despolarização mitocondrial. Além disso, foram realizadas análises por microscopia confocal, qPCR e ensaio in vivo utilizando camundongos NSG. RESULTADOS: EMT mostrou citotoxicidade contra todas as linhagens cancerosas testadas, com uma CI50 de 0,74 µM para KG-1a. O composto também reduziu a porcentagem de células CD13, CD34, CD38, CD123, CD97 e CD99 positivas. Observou-se que EMT induziu morte celular apoptótica, aumentou a expressão de caspase-3 ativa e clivagem de PARP-1, promoveu a despolarização mitocondrial, geração de espécies reativas de oxigênio e fragmentação do DNA internucleosomal, além de inibir a expressão de NF-κB. Dos 92 genes analisados por qPCR, 54 foram regulados positivamente e 5 foram regulados negativamente pelo composto. No modelo de xenoenxerto, o tratamento com EMT reduziu a quantidade de células leucêmicas na medula óssea e sangue dos camundongos. CONCLUSÃO: EMT demonstrou ser um composto citotóxico promissor, capaz de eliminar as CTLs de LMA in vitro e in vivo, induzindo a expressão de caspase-3 ativa, clivagem de PARP-1, geração de espécies reativas de oxigênio, fragmentação do DNA internucleossomal e inibição da via NF-κB em células KG-1a.