Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Alves, Robson Cosme de Jesus
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Orientador(a): |
Soares, Ricardo Maurício Freire |
Banca de defesa: |
Soares, Ricardo Maurício Freire,
Correia, Atalá,
Resende , Augusto César Leite de,
Cunha Júnior , Dirley da,
Baqueiro , Fernanda Ravazzano Lopes |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Direito (PPGD)
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Departamento: |
Faculdade de Direito
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/40777
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Resumo: |
Ao considerar o marco normativo e jurisprudencial do direito à memória e a verdade no Brasil, bem como as Recomendações do Relatório Final da Comissão Nacional da Verdade enquanto parâmetros norteadores de aferição da efetividade desses direitos, a presente tese tem por objetivo verificar se a inobservância das referidas recomendações, por meio de discursos e práticas ideologicamente revisionistas e/ou historicamente negacionistas de agentes do Estado acerca da interpretação de fatos/documentos históricos da ditadura brasileira civil-militar de 1964 a 1985, comprometem a efetividade do direito à memória e à verdade no Brasil e, consequentemente, influencia na vulnerabilização do Estado Democrático de Direito adotado pela Constituição Federal de 1988 enquanto princípio constitucional fundante do Estado Brasileiro. Para isso, adotando o método hipotético-dedutivo e por meio de pesquisa bibliográfica e documental, as definições de revisionismo ideológico e negacionismo histórico foram apresentadas no contexto da estruturação da Justiça de Transição, iniciada no pós Segunda Guerra Mundial e também aplicada em maior ou menor grau no período posterior ao regime militar de 64 no Brasil. Constatou-se que o fomento de uma retórica discursiva apoiada no revisionismo ideológico e/ou negacionismo histórico ou de uma política de esquecimento do passado – e a consequente baixa efetivação das recomendações contidas no relatório final da Comissão Nacional da Verdade –, tendem a contribuir para um enfraquecimento da consolidação do Estado Democrático de Direito e o retorno de arroubos autoritários e antidemocráticos no Brasil. A baixa efetividade do direito à memória e à verdade tem posto a democracia brasileira em risco. Olhar para as graves violações de direitos humanos para entender como as forças de repressão atuavam no contexto ditatorial, além de promover a concretização da pauta de direitos humanos fundamentais e o fortalecimento das instituições democráticas é imperativo para defender a democracia e construir um futuro melhor para todos nós. |