Análise das formações discursivas e das posições-sujeito na mediação de conflitos dos juizados especiais cível e criminal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Fajardo, Lúcia Maria Costa
Orientador(a): Heine, Lícia Maria Bahia
Banca de defesa: Nery, Marta Maria de Almeida, Lé, Jaqueline, Ludwig, Juliana, Costa, Iraneide Santos
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Letras
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Língua e Cultura
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/27600
Resumo: Esta tese trata da análise do discurso na mediação de conflitos nos Juizados Especiais Cível e Criminal (JEC e JECRIM). Como corpus, trabalhamos com três gravações de sessões de mediação de conflitos. Resultados desta pesquisa: Os mediadores, enquanto representantes legais da instituição, direcionam a conciliação. Isso mostra o caráter assimétrico da mediação de conflitos. Os sujeitos da mediação buscam se inscrever em posições-sujeito mais institucionalizadas, apresentando discursos da área jurídica. Esse fato baseia-se no pré-construído, que estabelece, portanto, o que pode e deve ser dito por eles, para que sejam aceitos dentro do grupo. Principalmente as posições-sujeito assumidas pelos sujeitos lhes conferem autoridade pelo lugar social que representam, revelando suas posições ideológicas. As posições-sujeito assumidas pelos mediadores, interpelados em sujeitos de seus discursos, correspondem, na maioria das vezes, à posição institucional que eles ocupam. Percebemos em um mesmo ―espaço discursivo‖, em uma formação ideológica (FI), a da Mediação de Conflitos, uma FD que tem uma concepção de trabalho voltada para a emancipação dos sujeitos, e, ao mesmo tempo, outra FD, na qual o mediador se coloca, apresentando normas a serem cumpridas por esses sujeitos. Conclusões: A mediação de conflitos apresenta-se como contradição, na medida em que o objeto de seu discurso precisa recobrir os mais diversos conjuntos de práticas que setorizam os sujeitos e suas relações sociais.