Dinâmica espacial da atividade tecnológica no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Mota, Mabel Diz Marques lattes
Orientador(a): Mata, Henrique Tomé da Costa lattes
Banca de defesa: Diniz, Clélio Campolina lattes, Araújo, Veneziano de Castro lattes, Lemos, Mauro Borges lattes, Romero, Suelene Mascarini de Souza lattes, Mata, Henrique Tomé da Costa lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Economia (PPGECO) 
Departamento: Faculdade de Economia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/36319
Resumo: Esta tese busca investigar a dinâmica espacial da atividade tecnológica, padrão regional de especialização e diversificação tecnológica no Brasil. Para isto, são construídos três ensaios, a partir da abordagem teórico-analítico da Geografia Econômica Evolucionária (GEE). A principal base de dados contida neste estudo refere aos 40.560 pedidos de patentes de invenção provenientes do Banco de Dados Estatísticos de Propriedade Intelectual (BADEPI) do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), para o período de 2000 a 2011. No escopo de análise do quadro regional, as mesorregiões geográficas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) constituem a unidade espacial básica. Neste contexto, o primeiro ensaio investiga a distribuição espacial da atividade tecnológica e a caracterização de seu padrão de crescimento. Procura-se, para tanto, propor uma tipologia espacial inédita correspondente: a tipologia sub-regional do padrão tecnológico brasileiro (PTec) (Alta tecnologia, Estacionária, Desenvolta e Baixa tecnologia) serve como base para caracterizar o comportamento, padrões e desempenho tecnológico regional neste estudo. O segundo ensaio investiga as transformações ocorridas na estrutura da especialização tecnológica regional, bem como a evolução e desempenho do padrão tecnológico regional brasileiro ao longo do período considerado. Tendo como instrumental a tipologia PTec é analisada a mudança da distância da posição relativa do padrão tecnológico regional em relação à mesorregião historicamente mais desenvolvida, a Metropolitana de São Paulo, a mobilidade e a persistência da especialização tecnológica, seguida da presença da dependência da trajetória e cumulatividade da atividade tecnológica regional no Brasil. Por último, o terceiro ensaio utiliza o modelo de probabilidade linear para dados em painel de efeito fixo e propõe identificar os determinantes na entrada de novas especializações tecnológicas regionais, em particular o efeito da densidade do relacionamento tecnológico, complexidade tecnológica regional e conexão inter-regional da tecnologia no Brasil. Nossos principais resultados mostram: (i) elevada concentração da atividade inventiva na sub-região Alta tecnologia; (ii) espraiamento da produção tecnológica em direção a sub-região Desenvolta; (iii) esvaziamento da atividade inventiva e especialização tecnológica na sub-região Baixa tecnologia; (iv) estagnação dos esforços inventivos na sub-região Estagnada; (v) predomínio da mobilidade da especialização tecnológica regional frente a persistência; (vi) associação positiva do path dependence na especialização tecnológica regional; em particular nas sub-regiões Desenvolta e Estacionária; (vii) baixa cumulativa da atividade tecnológica regional; (viii) por fim, a complexidade tecnológica regional e conexão inter-regional da tecnologia podem ser relevantes na construção de novas especializações tecnológicas regionais no Brasil, quanto o tamanho da tecnologia e crescimento econômico regional, especialmente nas sub-regiões Alta tecnologia e Estacionária. Por outro lado, a densidade do relacionamento tecnológico pode limitar a entrada de novas vantagens tecnológicas regionais no Brasil, resultado que difere das principais regiões inerentes a economias desenvolvidas. Logo, nossas evidências ampliam as discussões não só quanto à dinâmica espacial e atualização tecnológica regional em um país longe da fronteira tecnológica, como também corrobora (e diferem) para estudos anteriores.