Imunopatogenia da fibrose septal induzida por capillaria hepatica: um estudo sobre o papel dos macrófagos
Ano de defesa: | 2017 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
Instituto de Ciências da Saúde |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Imunologia
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
brasil
|
Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/24877 |
Resumo: | fibrose septal pode ser considerada como uma alteração não específica do fígado a diversos agentes, e o mecanismo envolvido no estabelecimento deste tipo de fibrose parece ser semelhante em diferentes modelos experimentais. Este tipo de fibrose pode ocorrer em várias doenças crônicas do fígado, inclusive em infecções causadas pelo helminto Capillaria hepatica. Semelhante aos outros processos fibróticos, a fibrose septal induzida pela infecção com C.hepatica envolve diversas células como: hepatócitos, células estreladas hepáticas, fibroblastos e macrófagos. Quando ativados, os macrófagos sofrem modificações induzidas por mediadores e podem polarizar em dois tipos celulares: macrófagos pró-inflamatórios M1(classicamente ativados) e macrófagos anti-inflamatórios M2 (alternativamente ativados). Os macrófagos teciduais hepáticos são capazes de ativar células estreladas potencializando o processo de inflamação e/ou reparo. Diante desses aspectos, este estudo avaliou o papel dos macrófagos na promoção da fibrose septal induzida pelo helminto C.hepatica. Para alcançar estes objetivos, foram realizados estudos in vivo com ratos Wistar e estudos in vitro com macrófagos primários de rato. No estudo in vivo foram utilizados 95 ratos Wistar de ambos os sexos, que foram subdivididos nos seguintes grupos: Grupo I animais sensibilizados com extrato de verme e de ovo e ovo+verme de C. hepática. Grupo II animais infectados com C.hepatica e tratados com cloreto de gadolínio (GdCl3). Grupo III animais infectados com C.hepatica e tratados com Diclorometileno Difosfonato (Cl2MDP). Para o estudo in vitro macrófagos peritoneais de rato foram sensibilizados com 20μg/mL do extrato proteico de C. hepatica (do ovo imaturo, do verme e ovo+verme) ou o mesmo volume de PBS ou LPS por 6 e 24 horas e avaliados quanto à expressão de TNF-α e Arg-1. Os resultados obtidos demonstraram que os extratos de C. hepatica isolados ou em conjunto falharam em produzir fibrose septal em ratos. Constatou-se também que o GdCl3 não foi uma boa alternativa para depleção de macrófagos no modelo de capilaríase. Entretanto o tratamento de ratos com o Cl2MDP foi capaz de depletar mais de 80% dos macrófagos. Os animais infectados com C.hepatica e tratados com Cl2MDP apresentaram menor ativação de células estreladas/miofibroblastos e consequentemente desenvolveram menos fibrose septal em relação aos controles. Os estudos in vitro demonstraram que os extratos do ovo e do verme C. hepática induzem a produção da citocina pró-inflamatória TNF-α e a expressão do marcador de macrófagos alternativamente ativados Arginase-1.Diante destes resultados pode-se concluir que macrófagos são importantes para o estabelecimento da fibrose septal induzida por C. hepática e que o extrato do ovo induz a ativação alternativa de macrófagos, orquestrando o reparo fibrogênico hepático. |