À procura do êxtase: princípios do yoga no processo de criação e na formação de artistas cênicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Neves, Veridiana
Orientador(a): Mascarenhas de Oliveira, George
Banca de defesa: Silva, Hebe, keiserman, Nara, Oliveira, George
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Escola de Teatro Da UFBA
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em artes cênicas
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/34629
Resumo: No presente trabalho discutem-se os desdobramentos que o autoconhecimento, obtido através da prática do Yoga, especificamente nas modalidades Hatha Yoga e Vinyasa Flow, pode ter na alteração dos estados psicofísicos e, consequentemente, na expressividade de artistas em cena. A investigação tem como base metodológica a abordagem da prática como pesquisa desenvolvida a partir de experimentações artístico-criativas pessoais e com outros artistas, em torno da seguinte questão: em que medida o conhecimento de si, obtido a partir da prática do Yoga, pode contribuir para o processo de expressão artística? O trabalho aborda aspectos técnicos e filosóficos do Yoga, considerando-se a linhagem filosófica tântrica clássica, apresenta os princípios do Yoga diretamente aplicados na pesquisa cênico-criativa (Asanas, Pranayamas, Prana e Chackras) e discute a experiência de artistas teatrais que se apoiaram no Yoga para o desenvolvimento do seu pensamento e criação artísticos, como Viola Spolin, Yoshi Oida, Constantin Stanislavski, Anne Bogart e Tina Landau. As experiências práticas teatrais geradas na pesquisa são analisadas a partir dos cinco atos divinos da dança de Shiva Nataraja (criação, necessidade de não temer, destruição, encobrimento e graça), enraizados nos princípios da presença no aqui e agora e no fluxo respiração–movimento. A alteração nos estados psicofísicos dos artistas em seus processos criativos, a partir da prática do Yoga, é discutida como experiência de êxtase, considerado não como ponto de chegada, mas como caminho de experimentação e descoberta das manifestações conscientes individuais e criativas.