Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Rodrigues, Jonatas da Silva |
Orientador(a): |
Atta, Maria Luiza Brito de Sousa |
Banca de defesa: |
Andrade, Luis Jesuino de Oliveira,
Zarife, Maria Alice Sant'Anna |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Faculdade de Farmácia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Farmácia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/22625
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Resumo: |
O vírus da hepatite C (HCV) é a principal causa de hepatite crônica, insuficiência hepática terminal, cirrose, carcinoma hepatocelular e transplante hepático nos países industrializados. A infecção crônica pelo HCV promove, também, uma complexa disfunção nos linfócitos B que leva à produção de autoanticorpos não órgãos específicos (NOSA) e crioglobulinas (CG). Os mecanismos envolvidos nessa disfunção não estão completamente elucidados e os significados desses marcadores na imunopatologia da doença e no resultado da terapia antiviral são contraditórios assim como o efeito da terapia na expressão de tais marcadores durante tratamento. Objetivos: Avaliar o efeito da terapia antiviral sobre a expressão de marcadores laboratoriais de autoimunidade na hepatite C crônica e os significados de tais marcadores no prognóstico da doença e no resultado do tratamento. Pacientes, Materiais e Métodos: Foram incluídos 29 pacientes, sem tratamento prévio para a hepatite C, 15 homens e 14 mulheres, que foram investigados para autoanticorpos e crioglobulinas antes e nas semanas 12 e 24 após início do tratamento com interferon-α (IFN-α) peguilado mais ribavirina. Anticorpos séricos antimúsculo liso (SMA) e antinúcleo (ANA) foram pesquisados por imunofluorescência indireta; os autoanticorpos tireoidianos, antitireoperoxidase (anti- TPO) e antitireoglobulina (anti-TG), por ensaio imunoenzimático (ELISA). As crioglobulinas foram investigadas por crioprecipitação em tubo e por difusão em gel, enquanto o fator reumatóide (FR) foi quantificado por nefelometria. Resultados: Dos 29 pacientes incluídos, 24 (82,8%) eram portadores do genótipo 1, cinco (17,2%) estavam infectados pelo genótipo 3 e 17/29 (58,6%) tinham carga viral (CV) alta (>600.000 cópias). Na histopatologia hepática, segundo a classificação METAVIR, 72,4% (21/29) possuíam atividade necroinflamatória leve a moderada (A1 ou A2) e 51,7% (15/29) estavam com fibrose avançada e cirrose (F3 ou F4). FR, SMA e CG foram os mais prevalentes biomarcadores autoimunes nos pacientes pré-tratamento, com taxas de 62,1% (18/29), 51,7% (15/29) e 46,4% (13/28), respectivamente. A terapia antiviral diminuiu a positividade de CG após a 12ª e na 24ª semana de tratamento, P = 0,026 e P = 0,013, respectivamente. Ambas, CG e SMA foram associadas com fibrose avançada, P = 0,003, P = 0,017, respectivamente. No entanto, nenhuma positividade de ANA ou FR foi associada com histopatologia hepática (atividade necroinflamatória ou fibrose), e nem tiveram influência na resposta ao tratamento. Conclusões: Nossos resultados sugerem que a terapia antiviral diminui a produção de crioglobulinas devido à eliminação do HCV. Adicionalmente, a presença de alguns marcadores autoimunes em portadores do HCV, está associado com gravidade da doença sem qualquer influência no resultado do tratamento. |