Avaliação do estresse oxidativo em portadores de hepatite c que fazem uso da terapia combinada com interferon alfa peguillado e ribavirina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Mezzono, Juliana lattes
Orientador(a): Manfredini, Vanusa lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pampa
Programa de Pós-Graduação: Mestrado Acadêmico em Bioquímica
Departamento: Campus Uruguaiana
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://dspace.unipampa.edu.br:8080/jspui/handle/riu/5473
Resumo: As hepatites virais constituem atualmente uma relevante questão de saúde pública no Brasil e no mundo, distribuindo-se de maneira universal, atingindo vários segmentos da população e causando grande impacto de morbidade e mortalidade. O tratamento padrão para a hepatite viral C durante as últimas décadas foi a terapia combinada de interferon alfa-peguilado (PEG- IFN) com ribavirina (RBV), um análogo de guanosina que interrompe o metabolismo de RNA viral. O tratamento das formas crônicas baseia-se nesta combinação de fármacos, por um período de 24 a 48 semanas, dependendo do genótipo viral encontrado. A hepatite C apresenta elevado impacto na saúde pública global. Estudos recentes sugerem o envolvimento do estresse oxidativo na patogenia da hepatite C e carcinoma hepatocelular (CHC). O dano celular oxidativo desempenha um papel importante na fisiopatologia do vírus da hepatite C (HCV). O estresse oxidativo é desencadeado quando a concentração de espécies de oxigênio no ambiente extracelular ou intracelular excede as defesas antioxidantes. O mecanismo exato pelo qual isto ocorre não está totalmente compreendido, incluindo dano hepático imunológico, dano diretamente citotóxico mediado por diferentes produtos virais, bem como o estresse oxidativo, têm sido sugeridos na patogênese da hepatite C. Nos últimos anos tem sido demonstrado o envolvimento do estresse oxidativo na progressão da hepatite C, sendo que a resposta imune aumenta a produção de espécies reativas de oxigênio (ERO). Entretanto, pouco se sabe sobre o envolvimento do estresse oxidativo nos portadores da hepatite C em tratamento combinado com PEG-IFN e RBV. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o perfil de estresse oxidativo em portadores da hepatite C que fizeram uso da terapia combinada com interferon alfa peguilado e ribavirina. Foram recrutados 43 portadores de hepatite viral C no serviço de referência do município de Uruguaiana e submetidos a uma coleta de sangue venoso. Foram divididos em quatro grupos: diagnosticado com HCV (livre de tratamento farmacológico combinado), tempo 1 (início do tratamento combinado), tempo 2 (metade do tratamento combinado) e tempo 3 (final do tratamento combinado). Os parâmetros de estresse oxidativo foram determinados por metodologias clássicas. Os resultados mostram que os portadores de HCV possuem aumento significativo dos marcadores de função hepática, sendo que as atividades da TGO (transaminase glutâmico-oxalacética) e TGP (transaminase glutâmico-pirúvica) são reestabelecidas após o tratamento combinado. Foi observado também que as defesas enzimáticas e não enzimáticas estão diminuídas no grupo HCV em comparação ao grupo controle e a terapia antiviral combinada por vezes, consegue reverter esses parâmetros. Já o dano oxidativo a biomoléculas está aumentado nesses portadores e o tratamento combinado melhora esses parâmetros, porém não em níveis do grupo controle. Assim, os resultados sugerem que o portador de HCV tem aumento do estresse oxidativo no momento do diagnóstico e o tratamento combinado parece melhorar essa condição.