Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Novaes, José Carlos Assunção
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Orientador(a): |
Pinto, Carlos Felipe da Conceição
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Banca de defesa: |
Duarte, Maria Eugenia Lamogglia
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Santos, Eduardo Ferreira dos
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Ramacciotti, Dante Eustachio Lucchesi
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Cyrino, Sonia Maria Lazzarini
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Pinto, Carlos Felipe da Conceição
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Língua e Cultura (PPGLINC)
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Departamento: |
Instituto de Letras
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38554
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Resumo: |
Um dos aspectos que diferenciam o português brasileiro do português europeu é a realização do sujeito pronominal (eles compraram a casa ~ compraram a casa). De acordo com a Teoria de Princípios e Parâmetros, proposta por Chomsky (1981), o português europeu é uma língua pro-drop típica, pois não realiza o sujeito pronominal em determinados contextos. Já o português brasileiro estaria passando por uma fase de transição de língua pro-drop para língua não pro-drop. Essa mudança possui uma relação com a significativa redução nos paradigmas flexionais do verbo. Este trabalho busca oferecer subsídios que permitam uma melhor compreensão das variações da língua portuguesa no Brasil, através de um mapeamento de aspectos referentes ao preenchimento do sujeito no português popular afro-brasileiro na comunidade quilombola de Lagoinha, localizada no meio rural do município de Nova Canaã, Bahia, Brasil. Compõe-se, inicialmente de uma análise do parâmetro do sujeito nulo, ou pro-drop, no âmbito da teoria de princípios e parâmetros proposta por Chomsky (1981). A partir de um estudo sobre o Português Popular do Brasil, analisaremos a história da língua portuguesa no Brasil, desde o momento em que os portugueses aqui chegaram e a implantaram em território brasileiro, analisando a situação inicial, de contato entre várias línguas. A pesquisa tem sua base empírica em uma amostra de fala vernácula recolhida junto a seis moradores da comunidade quilombola da Lagoinha, no Município de Nova Canaã, na região Sudoeste da Bahia. Esses informantes, com pouco ou nenhuma escolaridade, foram distribuídos pelos dois sexos e por três faixas etárias. A análise da realização do sujeito pronominal nesta amostra linguística fundamentou-se nos princípios teóricos metodológicos da Sociolinguística Variacionista (LABOV, 1972). Os resultados indicaram uma situação de leve desfavorecimento do preenchimento do pronome sujeito (48,4%) em comparação ao uso de sujeito nulo (51,6%). Essa situação de variação permite afirmar que o português brasileiro já não se configura mais como uma língua pro-drop. Resultados semelhantes podem ser observados nos trabalhos de Lucchesi (2004, 2009d), Duarte, (1995), Novaes (2007, 2021), dentre outros. Ao analisarmos os resultados da variável faixa etária, em que o processo de mudança é observado em tempo aparente, percebemos que os mais jovens (faixa etária II e I) são os que mais realizam o sujeito pronominal pleno. |