A CPHA por dentro: um etnografia institucional sobre a comissão permanente de heteroidentificação complementar à autodeclaração da UFBA de 2019 a 2022

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Santana, Ícaro Jorge da Silva lattes
Orientador(a): Alves, Rita de Cassia Dias Pereira lattes, Santos, Georgina Gonçalves dos lattes
Banca de defesa: Bernardo, Augusto Sérgio dos Santos de São lattes, Santos, José Raimundo de Jesus lattes, Veras, Renata Meira lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Estudos Interdisciplinares Sobre a Universidade (PPGEISU) 
Departamento: Instituto de Humanidades, Artes e Ciências Professor Milton Santos - IHAC
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/35794
Resumo: O discurso de democracia racial, mestiçagem e cordialidade impactaram na forma como as políticas de ações afirmativas de cotas étnico-raciais foram compreendidas no Brasil. Estes discursos geraram relações normatizadoras que impactaram na fragilização das cotas étnico-raciais por conta das fraudes na autodeclaração racial, assim como a problemática da leniência na ação da Universidade Federal da Bahia (UFBA) em relação à institucionalização de medidas que visassem coibir e averiguar as fraudes nas cotas étnico-raciais. A partir de 2019, nos processos seletivos de ingresso na graduação, a UFBA, em vista de garantir segurança jurídica para a entrada dos estudantes negros cotistas, adotou como procedimento complementar à autodeclaração racial, a aferição racial, a partir da criação da Comissão Permanente de Heteroidentificação Complementar à Autodeclaração (CPHA), que tem como competência, administrar as bancas de aferição racial no processo de seleção para ingresso na graduação através de cotas étnico-raciais e da apuração de fraudes dos ingressos. Partindo de um estudo etnometodológico, visa-se investigar e analisar as práticas institucionais/discursivas da CPHA/UFBA por meio das práticas sociais dos seus participantes. O percurso teórico-metodológico, consiste em etnografia institucional a partir dos instrumentos de diários de campo e entrevistas das múltiplas referências envolvidas (Gestores, Avaliadores das Bancas de Aferição, Estudantes ingressos por cotas étnico-raciais, Dirigentes do Movimento Estudantil e Dirigentes de Movimentos Negro), compreendendo as suas implicações. Visa, por meio deste estudo, descrever o modo de fazer da CPHA/UFBA, assim como, compreender o processo de gestão universitária a partir