Reconstrução de Paleoestresse na Zona de Acomodação Itanagra – Araçás, NE da Bacia do Recôncavo, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Dias Neto, Aníbal Ramos
Orientador(a): Gomes, Luiz César Corrêa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: INSTITUTO DE GEOCIENCIAS
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Geologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/24708
Resumo: No decorrer das últimas décadas tem ficado claro o quão importante é o conhecimento das mudanças nos campos de estresse atuantes em ambientes extensionais do tipo rifte, haja vista que estes campos de estresse são, comprovadamente, fator importante que controla e/ou resulta dos processos de rifteamento. O objetivo deste trabalho é estudar as mudanças dos campos de paleoestresse no tempo, na Zona de Acomodação Itanagra – Araçás (ZAIA), NE da Bacia do Recôncavo, Brasil. Foram investigadas as cinemáticas de falhas, em escala de afloramento, para identificar a diversidade de estados de paleoestresse responsáveis pelos padrões de deformação observados. Para isso foram combinadas diferentes abordagens gráficas e numéricas para separar os grupos de dados de deslizamento de falhas homogêneos e estimar seus tensores de estresse reduzidos associados. Um tensor de estresse reduzido é composto pelas orientações dos três eixos de tensores principais 1, 2, 3 e a razão da diferença entre os tensores principais,  = (2 - 3) / (1 - 3). O presente estudo evidencia uma evolução dinâmica polifásica na Zona de Acomodação Itanagra – Araçás. Significativamente sob regime extensional (1 vertical), com a orientação do eixo horizontal mínimo (Shmin = 3) NW –SE. Ocorrem também, de maneira local, estruturas geradas em regime transcorrente (2 vertical), com eixo horizontal principal (SHmáx = 1) N – S, que podem ser cronologicamente hierarquizadas como uma fase tardia à fase principal, extensional. Grande parte dos estados de estresse calculados, não apresenta nenhum dos eixos principais de tensores verticalizado (caimento > 70°). Esses estados de paleoestresse oblíquos/não-Andersonianos podem ter sido gerados, entre outros fatores possíveis, por basculamento de blocos e consequente rotação das estruturas. Fenômeno que deve ter ocorrido entre a fase extensional (inicial) e a transcorrente tardia.