Narrativas e memórias LGBTQIAP+ na EJA: entre exclusão e dissidência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Matos, Flávio Barreto de lattes
Orientador(a): Guimarães, Rafael Siqueira
Banca de defesa: Guerra, Indira Corban Brito, Conceição, Vércio Gonçalves, Brito, Eliana Povoas Pereira Estrela, Viegas, Lygia de Souza, Guimarães, Rafael Siqueira
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) 
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
EJA
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/40422
Resumo: A presente tese constituiu-se a partir da problematização das experiências vivenciadas pelos discentes em dissidência da Educação de Jovens e Adultos, no sentido de compreender de que modo tais vivências, entre o aprender e o saber, interferem na sua construção cultural na escola. Como objetivo geral, pretendeu-se compreender como pode ser um currículo dissidente que se faz como prática cultural na Educação de Jovens e Adultos. Desse modo, os dispositivos adotados na pesquisa tomam como base as narrativas (auto)biográficas das sujeitas e dos sujeitos discordantes com a CISheteronorma. Além da análise das entrevistas narrativas, perspectivou-se a necessidade de uma densa investigação teórica de autores contemporâneos que discutem as sexualidades em dissidência. Entre eles, destacam-se Judith Butler (2019), Luma Nogueira Andrade (2019), Miguel Arroyo (2017), Berenice Bento (2017) e Megg Rayara Gomes de Oliveira (2020). Essa etapa da metodologia visou a estabelecer um diálogo profundo entre as narrativas dos discentes em dissidência, a fim de compreender como se deram, na visão desses participantes, as políticas públicas voltadas para as sexualidades na EJA. Ademais, procedeu-se a uma contextualização histórica e sociocultural. A partir dessa lente analítica, houve maior aprofundamento da investigação. Assim, os pressupostos teóricos/epistemológicos e as relações estabelecidas entre as vivências e as experimentações das/dos participantes que compuseram o corpus do trabalho permitiram a compreensão de como as relações de poder presentes nas práticas de EJA interferem de forma negativa nas potencialidades das/dos corpas e corpos que fogem ao padrão de universalidade.