Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Silveira, Bruno Rodrigues da
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Orientador(a): |
Brito, Cristóvão Cássio da Trindade de
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Banca de defesa: |
Brito, Cristovão de Cássio da Trindade de
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Pereira, Alexandre Queiroz
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Soares Junior, Antônio Tadeu Pinto
,
Gomes Sobrinho, Lirandina
,
Giudice, Dante Severo
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Geografia (POSGEO)
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Departamento: |
Instituto de Geociências
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/36353
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Resumo: |
A pesquisa analisa as implicações espaciais dos discursos e das ações dos agentes públicos e privados do desenvolvimento do turismo, em sua vertente de negócios e eventos, na produção do espaço nas grandes cidades brasileiras. O estudo avalia a importância do turismo de negócios e eventos nas cidades brasileiras fora do seu centro dinâmico – Rio de Janeiro e São Paulo – e em que condições e como são feitos os investimentos públicos e privados desse setor, nessas cidades. O fundamento conceitual da abordagem é a divisão territorial do trabalho e o desenvolvmento desigual no processo de reprodução do capital e do espaço geográfico. Com base nisso, demonstra-se que tais investimentos públicos e privados no turismo de negócios e eventos onde ocorrem, contribuem para (re)produzir e/ou fortalecer fragmentações e centralidades no espaço geográfico. Esse processo tem em sua base as contradições sociespaciais da própria urbanização neoliberal contemporânea evocada para a atração de negócios e eventos, mas que simultaneamente marginaliza o cidadão do exercício do “direito à cidade no Brasil. Os discursos dos agentes públicos e privados do desenvolvimento do turismo quanto aos negócios e eventos nas cidades são apresentados como solução para requalificação urbana; outros melhoramentos urbanos pontuais com a privatização de equipamentos públicos; parcerias público/privada para construção e operação de equipamentos públicos; desregulação das funções sociais e fortalecimento de negócios imobiliários privados; abertura para captação de investimentos externos entre outros, implicando essencialmente a urbanização do tipo neoliberal. Por meio da análise: dos discursos dos dirigentes da rede hoteleira associada aos Convention Visitors & Bureau; dos dados do Anuário Estatístico do Turismo (BRASIL, 2018), do ICCA (2018); do calendário de feiras da UBRAFE (2019) e dos planos municipais das principais cidades brasileiras utilizadas na pesquisa; bem como das declarações públicas dos gestores públicos e privados do turismo, é demonstrado que ao longo do tempo tem ocorrido o fortalecimento da atividade de negócios e ventos e visitações nas cidades onde o capitalismo é mais dinâmico, na cidade de São Paulo seguida do Rio de Janeiro, onde há constante reinvestimento e inovação na infraestrutura e nos serviços urbanos, nos equipamentos de apoio e entretenimento para o turismo. Assim, as “sobras dos eventos e negócios” que chegam ao Brasil ou que são gerados nos países são disputadas pelas cidades na periferia, onde a economia regional é apenas complementar ao arranjo econômico-produtivo brasileiro centralizado, sobretudo em São Paulo. |