Estratégias separatististas e ordenamento territorial: a criação de Palmas na consolidação do estado do Tocantins

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Oliveira, José Manoel Miranda de
Orientador(a): Ferreira, William Rodrigues
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Uberlândia
Uberlândia
Programa de Pós-Graduação: Pós-Graduação em Geografia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11612/441
Resumo: Nesta pesquisa foram analisadas as intervenções desenvolvidas para a consolidação territorial e política do Estado do Tocantins por meio da criação e da construção de Palmas. O primeiro objetivo da tese definiu as deduções realizadas a partir das estratégias do processo de redivisão territorial de Goiás para a criação do Estado do Tocantins. O segundo objetivo analisou as estratégias direcionadas para a criação e construção de Palmas. O terceiro objetivo examinou como as políticas de ocupação de Palmas foram estrategicamente utilizadas pelo primeiro governo para consolidar politicamente o grupo liderado por Siqueira Campos. Nesse aspecto, as iniciativas mais significativas e direcionadas à separação do norte de Goiás foram iniciadas com a política de urbanização dos espaços vazios da região Norte do país, instituída por Getúlio Vargas, ainda nos anos 1930, com a instituição do programa Marcha para o Oeste. No contexto desta pesquisa, analisamos a criação de Goiânia e Brasília, como referências para o entendimento das políticas de consolidação e ocupação da região norte por meio da expansão urbana. A construção dessas cidades e a ampliação da mobilidade e acesso entre o Estado de Goiás e a região norte, foram analisadas como objetos políticos utilizados pelos grupos separatistas do norte de Goiás, até a criação do Estado do Tocantins, em 1988. Os procedimentos utilizados para estruturar os aparelhos de Estado pelo primeiro governador do Estado do Tocantins foram analisados como um dos procedimentos para justificar a construção de uma cidade para ser a sede administrativa do Estado. Na sequência, abordamos as intervenções utilizadas pelo governo para adaptar o planejamento urbano e as empresas públicas do Estado às transformações político-econômicas em curso, e o reflexo direto e indireto no ordenamento territorial da capital. Com essas intervenções, o governo deixou mais claro os objetivos da criação e construção de Palmas diante da política de configuração da identidade urbana da cidade. Assim, o objetivo deste trabalho é provar por meio de estratégias hipotético-dedutivas que as intervenções efetivadas para a conquista da autonomia territorial do norte de Goiás, a criação, a construção e a ocupação dos espaços de Palmas foram desenvolvidas como objeto de consolidação política do Estado do Tocantins.