Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Silva, Taíssa Dias da
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Orientador(a): |
Coelho, Sandra Straccialano
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Banca de defesa: |
Lima, Morgana Gama de,
Ribeiro, Marcelo Rodrigues Souza,
Coelho, Sandra Straccialano |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas ( POSCOM)
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Departamento: |
Faculdade de Comunicação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/35978
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Resumo: |
Este trabalho pretende compreender a representação de pais e mães de santo nos filmes brasileiros ficcionais de longa-metragem, que entraram em cartaz em salas de exibição comerciais entre os anos de 1988 e 2020. O caminho de estudo da representação aqui adotado dialoga com o horizonte dos Estudos Culturais, que entendem a comunicação como componente do circuito cultural, que atua ativamente como geradora de sentidos e mediadora das relações. Pautada nas reflexões de Stuart Hall (2016) sobre representação, em orientações metodológicas de Robert Stam (2003) sobre os estudos de representação no cinema e considerando a relevância do lugar social do(a) espectador(a) ao visualizar os filmes, a análise das obras levou em conta: o texto fílmico, elementos contextuais e, sempre que possível, os fatores que condicionam diferentes posições de sujeito (FOUCAULT, 1980) do(a) realizador(a) e do(a) espectador(a) diante do filme. Quatorze filmes com pais e mães de santo foram identificados e analisados: Orfeu (Diegues, 1999), Cidade de Deus (Meirelles e Lund, 2002), Viva sapato! (Lacerda, 2004), Cafundó (Bueno e Betti, 2006), Só Deus Sabe / Sólo Diós Sabe (Bolado, 2006), O maior amor do mundo (Diegues, 2006), Nzinga Atabaques (Bezerra, 2006), Ó paí ó (Gardenberg, 2007), Besouro (Tikhomiroff, 2009), Quincas Berro D'Água (Machado, 2010), Jardim das folhas sagradas (Ribeiro, 2011), Um assalto de fé (Amaral, 2011), Irmã Dulce (Amorim, 2014) e Linda de morrer (D'Amato, 2015). Adotando a epistemologia da encruzilhada (NOGUEIRA, 2020) e a multiplicidade de sentidos que constitui Exu como horizonte de trabalho, acolhendo a contradição e a dúvida como geradoras de significados, o estudo evidenciou que a maioria dos personagens encontrados são secundários e a presença de estereótipos é recorrente. Contudo, também mostrou que mesmo em produções hegemônicas há, em alguns casos, possibilidades de leitura que apontam para o papel tradicional das grandes matriarcas do candomblé, em consonância com Ferreira e Montoro (2014) e Silva e Coelho (2020). Além disso, a pesquisa encontrou a emergência de sentidos contra-hegemônicos em filmes que têm a história e a cultura negras no Brasil como tema central. |