A lei de cooficialização das línguas Tukano, Nheengatu e Baniwa em São Gabriel da Cachoeira: questões sobre política linguística em contexto multilíngue.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Silva, Fabiana Sarges da
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/4752655615566416
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Humanas e Letras
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Letras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/3995
Resumo: Localizado no Noroeste Amazônico, no Alto Rio Negro, o município de São Gabriel da Cachoeira apresenta uma realidade sociolinguística complexa por apresentar uma grande diversidade de etnias, línguas e culturas. São cinco as famílias linguísticas presentes na região que se dividem em vários grupos étnicos. Cada família linguística se concentra em maior número de pessoas em uma das calhas de rio: Uaupés, Içana e Rio Negro e Xié. Dessa maneira, as calhas de rio apresentam uma língua predominante que serve para a comunicação interétnica. Assim, temos o Tukano na bacia do Uaupés, o Nheengatu nos rios Negro e Xié e Baniwa no rio Içana. Após muitas discussões por parte das lideranças indígenas e algumas instituições e organizações (IPOL, ISA, UFAM, FOIRN) oficializou-se essas três línguas indígenas em nível municipal na lei 145/2002 e, após alguns anos, regulamentou-se na lei 210/2006. Neste trabalho tentamos analisar as representações que a lei de cooficialização e sua regulamentação possuem para os agentes sociais que vivenciam o processo de implementação da Lei. Durante o desenvolvimento do estudo verificamos como estão sendo desenvolvidas as ações que operacionalizam a política de cooficialização das línguas Tukano, Nheengatu e Baniwa, bem como o uso dessas e das demais línguas indígenas nos contextos diversos do município de São Gabriel da Cachoeira, interior do estado do Amazonas. Partiu-se do ponto de vista dos professores indígenas participantes dos cursos de licenciatura do PARFOR – Plano Nacional de Formação de Professores de Educação Básica – que, através das respostas dadas ao questionário aplicado, aliadas as entrevistas realizadas com ex-vereadores e diretores da FOIRN – Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro, permitiu que fosse analisadas as representações, o conhecimento, opinião e atitudes acerca da política de cooficialização local, além de caracterizar o uso de outras línguas por essas pessoas. As respostas são estabelecidas por meio da interação dialógica que se apresentam em contextos de enunciações contornados pelo social.