Entre grafismos e oralidades: uma interpretação do imaginário da criança ribeirinha Amazônica
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Humanas e Letras BR UFAM Programa de Pós-graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/2285 |
Resumo: | Este estudo apresenta uma interpretação acerca da formação do imaginário da criança ribeirinha amazônica. O objetivo geral está voltado para as análises sobre a contribuição dos símbolos presentes na cultura tradicional amazônica e os seus desdobramentos na formação do imaginário dessa criança que mora nas comunidades ribeirinhas. Inicialmente, conjecturamos que a criança internaliza mentalmente a imagem percebida, e esta por seu turno passa a fazer parte do seu universo simbólico, de modo que não há como pensarmos a construção do imaginário dissociado da percepção, da imaginação e das diferentes formas de linguagens. Compreendemos que as expressões do símbolo e sua teia de significados emanados através dos rios, da floresta, dos animais, dos costumes e das tradições culturais amazônicas estimulam a imaginação da criança, em especial aquelas que estão em contato mais próximo com estes elementos. Nessa perceptiva nos debruçamos sobre a seguinte indagação: Como os símbolos da cultura regional contribuem para a formação do imaginário da criança inserida em contexto ribeirinho? No intuito de responder a esta indagação, realizamos intervenção com caráter científico na comunidade ribeirinha Assentamento Nazaré, na Costa do Tabocal, localizada à margem esquerda do rio Amazonas. Para esta empreitada acadêmica a pesquisa se apropriou de diferentes estratégias metodológicas: intervenção junto a 40 crianças matriculadas na Escola Municipal Nossa Senhora de Nazaré (locus da pesquisa) constando de diálogo interativo, produção textual e a utilização do grafismo, expresso em desenhos temáticos. O estudo revelou que o contato direto com as imagens percebidas cotidianamente no habitat natural, ou seja, às margens dos rios, igarapés, florestas e com os animais, o ir e vir nas canoas, a pesca e o brincar se sobressaíram como elementos determinantes que estimulam a imaginação e aguçam cada vez mais o imaginário da criança que mora nas ribeiras da Amazônia. Finalmente concluímos que a escola ribeirinha amazônica, ao fazer uso do lócus onde está inserida, estimulará sobremodo a criatividade e a imaginação da criança, pois no nosso entendimento a escola possui papel fundamental quanto às percepções e as transformações do universo simbólico da criança. |