Minha casa é tudo o que tenho: os sentidos da sociabilidade da vida cotidiana ribeirinha

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Nascimento, Thatyana de Souza Marques do
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/4663394516166260
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Humanas e Letras
Brasil
UFAM
Programa de Pós-Graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/4215
Resumo: Esta pesquisa tem como objetivo compreender os elementos e condições para que um espaço arquitetônico adquira o status de lar. Do ponto de vista arquitetônico, ao conceber uma casa deve-se pensar no mobiliário e nos objetos que irão ambientá-la, além dos materiais a serem usados que darão suporte à organização do espaço. Esta perspectiva baseia-se no conceito de arranjo e ambiência. A estrutura do arranjo revela o aspecto organizacional, pois está relacionado com a disposição e combinação dos objetos de forma a obter um conjunto funcional. Já a estrutura da ambiência compreende o meio pelo qual cores, materiais, forma e textura se combinam no ambiente construído com a finalidade de possibilitar o arranjo pretendido. O projeto arquitetônico final é visto como sendo o somatório desta investigação – a estrutura do arranjo em conjunto com a estrutura de ambiência, tendo sempre em mente os valores sociais de quem irá habitar a casa. E a aquisição de certos bens e a forma como são utilizados irão nortear diferentes linhas de projetos arquitetônicos ou reforçar outras. Os sujeitos da pesquisa – moradores da localidade Boa Esperança, na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Amanã, estado do Amazonas – e a permanência em suas casas impulsionaram ampliar a perspectiva inicial. Foi possível constatar que o sentido de estar em casa está relacionado com mais intensidade às relações sociais estabelecidas em torno dela. Na medida em que a influência do componente humano prevaleceu como sendo o centro de valor e a fonte de significado para que o espaço arquitetônico seja considerado uma casa de moradia, este passou a incorporar mais as marcas das relações sociais entre residentes e não residentes do que as marcas de arranjo e ambiência. Portanto, não são somente os objetos que remetem ao sentimento de estar em casa, mas algo que precede. “Minha casa é aqui dentro” resume o sentimento de pertencimento à região, elemento que possibilita a este espaço arquitetônico adquira o status de lar. O “aqui dentro” é a relação com o histórico de ocupação, com o parentesco, com as atividades produtivas, com o viver em comunidade e com a dinâmica ambiental.