‘Pronto, professora, demoremo, mas cheguemo’: um estudo sociolinguístico sobre a variação morfofonológica em verbos da 1ª e 2ª conjugações na fala de Tefé-Amazonas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Silva, Larissa Marine Terdulino da
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/3541598201044259
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Letras
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Letras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/10443
Resumo: Esta é uma pesquisa de cunho variacionista e teve como objetivo mapear e descrever quantitativamente o uso do fenômeno linguístico da variação morfofonológica na P4, ocorrida em verbos regulares da 1ª e 2ª conjugação, nos tempos presente e pretérito perfeito, em formas canônicas, como chegamos e nascemos e suas variantes não canônicas cheguemo e nascimo. Trata-se de uma pesquisa sincrônica no âmbito da Teoria da Variação e da Mudança linguística (cf, LABOV, 2008 [1972], 1982, 1994; WEINREICH, LABOV, HERZOG, 2006 [1968]. A amostra é constituída por 12 entrevistas realizadas no período de 02 a 22 de maio na cidade de Tefé-Amazonas, de onde foi extraído o vernáculo dos informantes. Dos entrevistados, seis são homens e seis são mulheres, os quais são estratificados em três faixas etárias (de 9 a 21 anos; de 22 a 49 anos e acima de 50), com escolaridade Ensino Fundamental e Médio. Os fatores linguísticos trabalhados foram “tempo verbal”, “item lexical”, “apagamento ou não do -s no SNP” e “formas de preenchimento do sujeito”. A análise dos dados foi feita com base em percentuais e frequência, i.e, o conjunto de dados não foi submetido a um programa estatístico. Os resultados indicam que as formas não canônicas em [e-mo] e [i-mo] são realizadas com maior frequência na fala feminina, e entre os mais velhos e menos escolarizados. Da análise dos fatores linguísticos, as formas não canônicas fazem referência, na sua totalidade, ao contexto do pretérito perfeito do indicativo tanto em verbos da primeira quanto da segunda conjugação. Quanto aos itens lexicais, as variantes dos verbos chegar, ficar, passar, casar, começar e pescar, da primeira conjugação, foram as mais produtivas na fala dos informantes, e da segunda foram as variantes dos verbos nascer e viver. O apagamento do s, relativamente à desinência -mos, poderá estar atrelado ao uso das formas não canônicas, e o sujeito das narrativas é preenchido pelo pronome nós na maioria dos casos.