Processo de reintegração social de cidadãos privados de liberdade na cidade de Manaus
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Psicologia Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Psicologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7548 |
Resumo: | Essa pesquisa teve como intuito entender o processo de reintegração social pelo qual passam as pessoas privadas de liberdade após saírem da prisão. A partir de um modelo bioecológico que integra distintos níveis de análises: microssistema, ecossistema macrossistema. Com o intuito de compreender como a resiliência, o otimismo e a esperança podem contribuir para o enfrentamento da pessoa privada de liberdade em retorno à sociedade. Tendo em conta as características pessoais, a natureza do crime e a configuração de fatores contextuais que o acompanham durante todo o processo. Teve como objetivo principal: compreender como ocorre o processo de reinserção social com cidadãos privados de liberdade na cidade de Manaus, Amazonas (Brasil), por meio do processo como objetivos específicos: analisar as variáveis psicológicas (Esperança, Otimismo, Resiliência e Satisfação com a Vida) envolvidas no processo de reinserção social dos egressos do Sistema Prisional bem como avaliar a associação existente entre os componentes considerados nos distintos níveis de analises (pessoa, processo, contexto, tempo) no processo de reintegração social. Trata-se de um estudo exploratório-descritivo buscando identificar as diferenças significativas entre os grupos avaliados num provável sucesso no processo de reintegração social. A fim de fornecer informações valiosas através de uma avaliação psicossocial e bioecológica a partir de uma perspectiva de resiliência. A coleta de dados se deu através de uma entrevista semiestruturada, elaboração do genetograma, aplicação de escalas breves de comportamento resiliente, otimismo, esperança e satisfação com a vida em 6 pessoas privadas de liberdade, sendo 3 reincidentes e 3 não reincidentes no Departamento de Reintegração Social e Cidadania. (DERESC). Os resultados foram organizados nas seguintes categorias de análise: questões pessoais e individuais, crenças pessoais, interações interpessoais, influências ambientais vivenciadas, e as estratégias adotadas pela pessoa privada de liberdade no processo de reintegração social. Os resultados apontaram que há uma relação entre resiliência e reintegração social que o fato de pessoas experimentarem maior otimismo, esperança diante da vida está associado à presença de comportamentos positivos e resilientes durante o período do cumprimento da pena em liberdade, percebeu-se que uma maior integração e participação social das pessoas que foram privadas de liberdade favorecem o sentimento de otimismo e, com ele, a satisfação com a própria vida, isto é, na medida em que o sujeito é inserido em novos espaços sociais e de trabalho, o tamanho de sua rede e de seus recursos de apoio vai aumentado e criando sentimentos mais positivos e resilientes. Percebeu também que a integração social é favorecida por uma rede de apoio social e afetiva, como a família e amigos, pois as pessoas que não dispunham da rede de apoio verbalizaram dificuldades na reintegração social, embora apresentem comportamentos resilientes, otimistas, esperançosos. Por fim, consideramos que as contribuições feitas, embora sejam necessários novos estudos que deem maior visibilidade ao problema abordado, obtiveram resultados importantes que podem subsidiar intervenções psicossociais nas prisões e políticas públicas voltadas a reintegração social de pessoas que foram privadas de liberdade. |