Efeito de borda sobre a estrutura de comunidade de morcegos em floresta de terra-firme, Amazônia Central

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Neves Junior, Luiz Ramos
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/4797138814470775
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Biológicas
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Diversidade Biológica
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/5610
Resumo: Na região da Amazônia brasileira, grande parte das florestas vem sofrendo perdas e alterações com o decorrer dos anos, resultado de ações antrópicas, como o desmatamento e construções de rodovias. Estas ações criam ambientes de borda nas florestas primárias que estão sujeitas aos efeitos intrínsecos que influenciam tanto a parte abiótica como a biótica. Neste estudo foi investigada como a frequência de captura, a estrutura e a composição das comunidades de morcegos respondem ao efeito de borda em floresta de terra-firme. O estudo foi realizado na Fazenda Experimental da UFAM e áreas próximas localizadas na BR-174, Amazônia Central. Em 50 noites (2.100 horas-rede), foram capturados 401 morcegos de 30 espécies pertencentes a cinco famílias: Phyllostomidae (24 spp.), Emballonuridae (2 spp.), Thyropteridae (1 sp.), Mormoopidae (1 sp.) e Vespertilionidae (2 spp.). Destas espécies, 10 representaram 91,48% das capturas. Carollia spp. foi a espécie no total com o maior número de capturas (62,07%), e houve maior diferença na frequência de captura no ambiente de borda. Artibeus concolor, Artibeus gnomus, Artibeus obscurus, Rhinophylla pumilio, Pteronotus parnellii, Sturnira tildae, Phyllostomus discolor e Lonchophylla thomasi não apresentaram diferença nas frequências de capturas entre os ambientes de borda e floresta. Phyllostomus elongatus foi mais frequente no interior do que na borda. A técnica de Escalonamento Multidimensional Não Métrico (NMDS) permitiu verificar que existe uma bem marcada separação entre as frequências de captura das 10 espécies mais capturadas e dos dados de ocorrência para o ambiente de borda e o interior de floresta. Estas mostraram-se heterogeneamente distribuídas entre os dois ambientes. Os frugívoros, pertencentes às subfamílias Carollinae e Stenodermatinae, foram os mais capturados e que apresentaram diferença na frequência de captura no ambiente de borda. Insetívoros-catadores foram a segunda guilda mais capturada, mas não apresentaram diferenças entre os ambientes, assim como os insetívoros-aéreos, nectarívoros e sanguinívoros. Concluiu-se que com os primeiros resultados desse trabalho pode-se dar início ao entendimento de como o efeito de borda atua na estrutura e composição das comunidades de morcegos para algumas regiões de floresta na Amazônia Central.