Interações socioculturais da comunidade Tapiíra com a fauna silvestre: relações de gênero e geração
Ano de defesa: | 2011 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Ciências Agrárias BR UFAM Programa de Pós-graduação em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/2638 |
Resumo: | Os objetivos desse trabalho foram de registrar e descrever as múltiplas interações culturalmente estabelecidas entre os moradores da comunidade rural de Tapiíra, localizada no rio Unini, baixo rio Negro, com o conjunto da fauna silvestre local, avaliando a diversidade de formas de interação e a reprodução dessas práticas quando influenciadas por fatores de gênero e geração. Dentre os critérios de escolha para a pesquisa na comunidade Tapiíra, está a sua localização distante de centros urbanos , a presença de escola com ensino fundamental, densidade demográfica e, fundamentalmente, sua inserção em um mosaico de Unidades de Conservação. Outra questão importante foi a possibilidade de contribuir com os estudos de fauna, que não primam pela simples quantificação dos animais e/ou de sua variabilidade, hábitat etc., mas que têm como foco central as interações/relações culturalmente estabelecidas entre os homens e os bichos, podendo contribuir com mais um referencial que possibilite o êxito de futuros projetos de manejo de fauna silvestre em unidades de conservação de uso sustentável, uma vez que, mesmo com a criação de tantas áreas protegidas, projetos para a criação de animais silvestres não conseguem ter continuidade e sustentabilidade econômica desejada. Na comunidade Tapiíra a similaridade do conhecimento de fauna perpassa (ou não) o habitus de um determinado grupo, e esse habitus, como estrutura estruturante que é ao mesmo tempo estruturada e difere em relação ao sexo e à idade, resultando em graus de conhecimentos maiores ou menores sobre um determinado tema concernente a fauna silvestre. A categoria gênero é importante porque se os moradores da reserva devem participar das ações de conservação da fauna local, é condição sine qua non que sejam compreendidos e levados em conta os seus papéis sociais de homens e mulheres como protagonistas das ações de conservação, pois revelam as estratégias de socialização das práticas de manejo da fauna e também as mudanças de comportamento e percepção, que em parte são influenciadas pelas mudanças políticas, como, por exemplo, a criação das áreas protegidas. |