Alterações oculares em pacientes diagnosticados com dengue em hospital de referência na cidade de Manaus, Amazonas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Chaves Filho, Cláudio do Carmo
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/5713802339223653, https://orcid.org/0009-0002-1744-5017
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Medicina
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/9924
Resumo: A dengue é a doença viral transmitida por mosquito mais prevalente nos seres humanos. É endêmica em regiões tropicais e subtropicais, e, nas últimas décadas, tem se constituído como um grave problema de saúde pública em todo o mundo. A doença provoca inúmeras complicações sistêmicas e oculares. Dentre essas, aquelas que estão relacionadas com a retina podem reduzir a acuidade visual ou até mesmo levar à perda da visão. As complicações da dengue relacionadas com o aparelho visual são, muitas vezes, negligenciadas. No entanto, passaram a ser mais analisadas devido à sua incidência cada vez mais frequente. Este estudo tem por objetivo determinar a prevalência de alterações oculares em pacientes diagnosticados com dengue, que foram hospitalizados na Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), um centro de referência em doenças infecciosas e parasitárias em Manaus, Amazonas, Brasil. Trata-se de um estudo observacional, analítico e prospectivo do tipo série de casos, que estudou 33 pacientes dentre aqueles que foram internados na FMT-HVD, com exames de patologia clínica positivos, durante um período de 90 dias, em meio a uma epidemia de dengue que ocorreu no ano de 2011. As investigações incluíram: medida da acuidade visual, avaliação macular com tela de Amsler, biomicroscopia de fundo de olho, retinografia e tomografia de coerência óptica (OCT). A idade média dos pacientes foi de 35 a 48 anos (com idade mínima 17 anos e máxima 69 anos). Os principais sintomas referidos foram visão turva, seguido de dor retro-ocular, fotopsia, halos, corpo estranho, escotoma, visão dupla e floaters. A acuidade visual variou de 20/20 a 20/40 (mediana 20/30). A avaliação macular feita com tela de Amsler mostrou-se insatisfatória para 3 pacientes. Os achados retinianos mais comuns foram edema perimacular, edema macular, hemorragia retiniana, vasculite, alterações do epitélio pigmentar da retina (EPR). A tomografia de coerência óptica registrou edema retiniano em 16 pacientes (51,51%). Em todos os casos, a doença era autolimitada e resolveu-se espontaneamente, sem tratamento. Sendo assim, este estudo confirma que as manifestações oculares na dengue são variadas no polo posterior e frequentes nos pacientes hospitalizados avaliados neste estudo.