Perfil de citocinas no soro de pacientes com dengue em um instituto de referência em Manaus

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Lobo, Maria Raika Guimarães
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/5419816445164776
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Biológicas
BR
UFAM
Programa de Pós-graduação em Imunologia Básica e Aplicada
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/2628
Resumo: A dengue é uma doença considerada como problema de saúde pública no Brasil. São conhecidos quatro sorotipos virais: 1, 2, 3 e 4, que são denominados de DENV 1, 2, 3 e 4. No Brasil todos os sorotipos estão circulantes e são capazes de causar doença ao homem, podendo evoluir para quadros graves, inclusive óbito. A transmissão da dengue ocorre exclusivamente pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti que se desenvolve amplamente em países tropicais e subtropicais. A resposta imunológica ao vírus da dengue (DENV) e seus sorotipos, ainda não está totalmente elucidada. Recentemente foi demonstrado aumento de citocinas pró-inflamatórias em pacientes infectados com DENV-2, entre os quais foram observados altos níveis séricos de IFN-γ, IL-6 e IL-17. No entanto, o papel das citocinas na resposta Th1, Th2 e Th-17 na dengue ainda é pouco compreendido. Sendo assim, o objetivo deste projeto foi traçar o perfil de citocinas no soro de pacientes com dengue na cidade de Manaus. Este estudo foi retrospectivo de caráter transversal com componente analítico de casos de pacientes atendidos durante a epidemia de dengue na Fundação de Medicina Tropical do Amazonas Dr. Heitor Vieira Dourado (FMT / HVD) no período de Janeiro a Dezembro de 2011, bem como controles oriundos da Fundação (FHEMOAM). Foram utilizadas 90 amostras de soro, sendo 60 de pacientes com dengue e 30 de indivíduos separados em: Grupo I: controle negativo doadores de sangue (n= 30), Grupo II: controle positivo 1 DENGUE NÃO GRAVE (n= 30) e Grupo III: controle positivo 2 DENGUE GRAVE (n= 30). O diagnóstico foi feito por isolamento viral da proteína NS1, sorologia para dengue IgM, e finalmente o RT-PCR. O projeto foi aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Amazonas UFAM sob parecer n0 256.163 via CONEP. As dosagens das citocinas IL-2, IL-4, IL-6, IL-10, TNF-α, IFN-γ e IL17A foram realizadas pela técnica de citometria de fluxo (kit CBA da BD® Biosciences). A comparação de médias dos níveis séricos de citocinas foi realizada por meio do teste não paramétrico de Kruskall-Wallis (P < 0,05). Os gráficos foram elaborados utilizando o software Graphprisma®. Em todas as citocinas quantificadas (IL-2, IL-4, IL-6, IL-10, IFN-γ e IL-17A e TNF-α) foi possível avaliar que os grupos de dengue (grave e não grave) apresentaram concentrações aumentadas e estatisticamente significativas em relação ao grupo controle negativo. Não houve diferença entre as citocinas quando comparados o grupo de dengue grave com o de dengue não grave. Este estudo, pioneiro nessa linha na Região Norte, possibilitou identificar o perfil de um grupo de citocinas e inferir no seu envolvimento/relação na resposta imunológica aos sorotipos circulantes em Manaus no ano de 2011. Observando isoladamente o comportamento da citocina IL-10, houve tendência no seu aumento no grupo composto por pacientes que evoluíram para dengue grave quando comparado ao grupos dengue não grave.