CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS RELACIONADAS AOS CASOS DE DENGUE DIAGNOSTICADOS NO MUNICÍPIO DE CUIABÁ - MATO GROSSO, 2007 A 2011.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Guollo, Dirce Sayuri Otake
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Ciências da Saúde
BR
PUC Goiás
Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Ciências Ambientais e Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://localhost:8080/tede/handle/tede/2958
Resumo: Introdução: A dengue é uma das arboviroses que mais afeta o homem em todo o mundo, sendo necessário o diagnóstico precoce e tratamento para evitar complicações que possam levar ao óbito. Objetivo: Descrever os casos de dengue segundo os aspectos demográficos; analisar a evolução da morbimortalidade dos casos notificados da dengue e descrever a distribuição espacial dos óbitos por dengue. Metodologia: Estudo descritivo, analítico tipo retrospectivo transversal dos casos de dengue notificados no Município de Cuiabá-MT, no período de 2007 a 2011. Os dados foram obtidos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), disponibilizados pela Vigilância de Epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá. Os casos da dengue foram classificados em dengue clássica e grave. O critério adotado para confirmação dos casos de dengue clássica foi clínico/epidemiológico/laboratorial e os casos graves somente laboratoriais. Resultados: Foram diagnosticados 18.497 casos da dengue no Município de Cuiabá. Desses 98,6% (p<0,01) ocorreram na zona urbana. As mulheres foram as mais acometidas pela dengue (53,0%) (p<0,01). A faixa etária mais afetada foi entre 5 a 14 anos (25,09%) (p<0,01). Dentre os 18.497 casos de dengue, 18.021 (97,50%) evoluíram para a forma clássica, 476 (2,58%) para a forma grave (p<0,01) e 19 (0,1%) para o óbito. No ano de 2009 ocorreu a maior prevalência das formas clássicas (62,16%) e grave (1,94%) da dengue. Também tiveram maior prevalência, neste período os óbitos (p=0,95) e o maior número de pacientes hospitalizados para as duas formas clínicas da doença (p=0,83), assim como, maior coeficiente da incidência da dengue na sua forma grave (2.178/100.000 hab) e maior coeficiente de mortalidade (2,4/100.000hab.). A maior prevalência de internações hospitalares por casos graves ocorreu na faixa etária de 5 a 14 anos, porém a maior taxa de mortalidade ocorreu em crianças menores de um ano e em adultos com idade entre 55 a 64 anos. A maior prevalência de óbitos por dengue ocorreu na região sul da cidade (31,58%). Conclusão: A zona urbana foi o local onde ocorreu a maior prevalência dos casos da dengue e o sexo feminino foi o mais acometido. A faixa etária entre 5-14 anos foi a mais acometida pela doença, com maiores taxas de internação (p=0,83) e mortalidade (p=0,95) . Durante os anos estudados, exceto o ano de 2008, foi identificado que a prevalência das formas clínicas da dengue é dependente da faixa etária (p<0,01). Quando analisada a incidência das formas clínicas da dengue por faixa etária, separadamente, identificou-se que menor de 1 ano, 1-4 anos, 15- 24 anos e 55-64 anos, são independentes do ano de avaliação (p>0,05); as demais são dependentes (p<0,01). A forma clássica da dengue teve maior prevalência em todas as faixas etárias. A maior prevalência de óbitos por dengue ocorreu na região sul da cidade de Cuiabá (31,58%). Observa-se uma migração nas mudanças no perfil epidemiológico da morbimortalidade da dengue para as duas formas clínicas da doença. O ano de 2009 foi um ano atípico que provavelmente pode estar associado a uma epidemia.