Interferências das práticas parentais na motivação escolar e no processo de ensino e aprendizagem

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Nascimento, Greicy Oliveira
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/1013814351972944
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Educação, Agricultura e Ambiente - Humaitá
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Ensino de Ciências e Humanidades
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/6985
Resumo: A família com primeiro meio de socialização do indivíduo, imprimi suas marcas nos filhos ao longo do ciclo vital. Desta forma, as práticas que os pais desempenham dentro do contexto familiar geram repercussão nos diversos ambientes frequentados, inclusive na escola. No ambiente escolar, o processo de ensino e aprendizagem sofre inúmeras influências, deste as ligadas a cunho político, didático, pedagógico, estando também relacionado a motivação para aprender dos alunos e as atitudes exercidas pelos pais, mães e responsáveis. Com base nesse pressuposto, surge a presente pesquisa que teve como objetivo analisar possíveis influências das Práticas Parentais e da Motivação Escolar no processo de ensino e aprendizagem. Participaram deste estudo, 51 alunos de duas escolas estaduais, que frequentavam o 9º do Ensino Fundamental II e 5 respectivos professores destas turmas. As coletas de dados ocorreram em duas fases, devido a presente pesquisa fazer uso de uma abordagem metodológica mista. A primeira etapa ocorreu com os alunos, foram utilizados um questionário sócio demográfico a fim de criar um perfil da amostra; para identificar as Práticas Parentais adotas pelos pais na visão dos filhos utilizou-se o Alabama Parenting Questionary (FRICK, 1991); a motivação presente foi analisada através da Escala de Avaliação da Motivação Escolar Infanto-Juvenil - EAME-IJ (MARTINELLI; SISTO, 2011) e o rendimento foi avaliado a partir das médias dos boletins cedidas pela escola com a autorização dos responsáveis. A segunda etapa de coleta de dados realizou-se por meio de uma entrevista semiestruturada com os professores. Os dados apontaram haver relações significativas entre as Práticas Parentais com Motivação, onde identificou-se a presença de práticas parentais positivas e negativas como a monitoria positiva e punição inconsistente extremamente relacionadas com a Motivação Extrínseca. E o uso de práticas positivas (Monitoria Positiva) e negativas (Negligência e Abuso Físico) também relacionadas as médias apresentadas nas disciplinas de Geografia e Inglês. A Motivação Extrínseca apareceu como sendo maioritariamente presente na amostra da pesquisa, e consequentemente estabelecendo relações com as práticas parentais e com a disciplina de Inglês. Diante dos resultados analisados, destacamos o envolvimento dos pais, mães e responsáveis no acompanhamento dos filhos no âmbito escolar, afim de promover o desenvolvimento de uma Motivação Intrínseca para aprender, minimizando consequentemente, o uso das práticas negativas. Afinal, os professores relatam que o uso da Motivação Extrínseca utilizadas pelo pais, principalmente nessa faixa etária, caracterizada por recompensas, retiradas de privilégios e até mesmo punição, está repercutindo em alunos que somente estão preocupados em alcançar uma média, não havendo uma preocupação de fato com a aprendizagem e principalmente com aplicabilidade social dos saberes aprendidos no ambiente escolar. Contudo, pondera-se a articulação de aspectos motivacionais para aprender como deveres tanto da família como da escola, devendo estar os dois ambientes direcionados a promover uma motivação de caráter intrínseco, baseados e objetivados na aquisição de uma aprendizagem significativa.