Perfil imune fenotípico associado a parâmetros laboratoriais e gravidade clínica na anemia falciforme

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Garcia, Nadja Pinto
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/9629731844222885, https://orcid.org/0000-0002-2888-2645
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Biológicas
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Imunologia Básica e Aplicada
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8489
Resumo: A anemia falciforme (AF) está associada a um estado pró-inflamatório crônico caracterizado por elevada contagem de leucócitos, mortalidade por infecções recorrentes graves e subsequentes complicações vaso-oclusivas com adesão de leucócitos ao endotélio e aumento dos níveis plasmáticos de citocinas inflamatórias. O sistema imunológico tem estreita ligação com a morbidade na anemia falciforme, porém estudos detalhados sobre o envolvimento dos sistemas imune inato e adaptativo na modulação da fisiopatologia da AF são necessários e relevantes. Nesse estudo foi avaliado o perfil de células inatas e adaptativas, citocinas, quimiocinas, fatores de crescimento, expressão de receptores Toll-like e expressão de moléculas de adesão de pacientes com AF e doadores saudáveis com o intuito de predizer biomarcadores, a relação entre eles e sua correlação com registros laboratoriais e risco de morte. A imunofenotipagem de células, receptores Toll-like, moléculas de adesão e dosagem de citocinas / quimiocinas / fatores de crescimento foram realizadas a partir de amostras de sangue periférico de pacientes com AF e doadores saudáveis por citometria de fluxo e técnicas de luminex, respectivamente. As células da imunidade adaptativa, Th1, Th17 e citocinas reguladoras, quimiocinas IL-8, IP-10, MIP-α, MIP- e RANTES e fatores de crescimento VEGF, bFGF e GM-CSF foram maiores em pacientes com AF que em doadores saudáveis em qualquer condição laboratorial e clínica. Pacientes com alto risco de morte parecem ter biomarcadores relevantes. Conclusão. Na fisiopatologia da AF no estado estacionário há uma ampla rede de interação de biomarcadores imunológicos destacada por linfócitos TCD4+ CD69+ , citocinas IL-12 e IL-17 inflamatórias e reguladora IL-10, quimiocionas MIP-α, MIP- e IP-10 e fator de crescimento VEGF. A alta expressão de TLR2 em monócitos e VLA-4 em linfócitos TCD8+e altos níveis de MIP- e RANTES parece ser relevante em condições de alto risco de morte. As elevadas condições de reticulocitose e alto risco de morte apresentam correlações comuns, parece haver equilíbrio pelo perfil Th2. Mesmo assim, são necessários mais estudos abordando os mesmos biomarcadores nos mesmos pacientes em crise ou outros biomarcadores, vias de sinalização intracelular, análise da expressão gênica de moléculas envolvidas em respostas imunes inatas e adaptativas para entender melhor esse complexo mecanismo fisiopatológico da AF.