Análise das alterações laboratoriais relacionadas ao hemograma, à dosagem de bilirrubinas e lactato desidrogenase como fatores preditores de crises vaso-oclusivas em crianças com anemia falciforme
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde Brasil UFTM Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1831 |
Resumo: | Crianças com anemia falciforme frequentemente procuram serviços de emergência para tratamento de crises vaso-oclusivas (CVO). As complicações de longo prazo da VOC incluem danos a múltiplos órgãos além reduzir consideravelmente a qualidade de vida e aumentar o risco de morte. Ações preventivas para CVO poderiam contribuir para um melhor atendimento destes pacientes. Diante disso, este estudo monitorou as alterações dos exames hematológicos e bioquímicos em crianças (menores de 18 anos) com anemia falciforme (HbSS) durante a ocorrência de CVO. Dados relacionados ao hemograma como número de hemácias, concentração de hemoglobina (Hb), hematócrito (HCT), volume corpuscular médio (VCM), hemoglobina corpuscular média (HCM), concentração de hemoglobina corpuscular média (CHCM), amplitude de distribuição dos glóbulos vermelhos (red cell distribution width - RDW), contagem de reticulócitos, número de leucócitos e número de plaquetas, bem como dosagem de bilirrubinas e lactato desidrogenase (LDH) foram analisados. Estes mesmos exames foram avaliados nas duas consultas que precederam a crise, nas quais o paciente não apresentava queixa de dor ou outras complicações. Os pacientes foram subdivididos quanto ao uso ou não de hidroxiureia. Durante o período avaliado, foram identificados 133 episódios de atendimento de urgência sendo que destes, 76 estavam relacionados à CVO. Foi observada uma diminuição no número de hemácias, hematócrito, níveis de hemoglobina, HCM, plaquetas, eosinófilos e um aumento do número de leucócitos totais, neutrófilos, monócitos, níveis de bilirrubina direta na CVO em comparação ao encontrado na consulta de rotina. Pacientes que não estavam em uso de hidroxiureia apresentaram menores valores de hematócrito, VCM e maiores índices de RDW durante as consultas de rotina, bem como níveis mais baixos de hematócrito e VCM, maior número de monócitos e linfócitos e níveis mais elevados de bilirrubina direta durante os episódios de crise, em comparação àqueles que estavam em uso da medicação. Valores de CHCM, RDW, bilirrubina direta e LDH aumentaram significativamente na consulta que precedeu a CVO, comparada à consulta de rotina anterior a essa, sugerindo que estes marcadores poderiam ser indicativos de um prenúncio de crise. Diante dos achados relacionados aos parâmetros hematológicos e bioquímicos de crianças com anemia falciforme durante a CVO, principalmente sobre o uso da hidroxiureia, acreditamos que conseguimos ajudar a entender a fisiopatologia da doença. Cabe estender as análises aqui apresentadas para estabelecer se estes parâmetros poderiam ser considerados preditores de CVO em toda a população de pacientes com anemia falciforme. |