Dialogia dos corpos: trajetórias de corpos dançantes de jovens universitários amazônidas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Cardoso, Elayne Cristina dos Santos
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/8661243727963109
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Psicologia
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Psicologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8805
Resumo: No presente estudo, busquei compreender através das narrativas dos jovens universitários com vivências significativas em dança, de que forma esta atividade se insere no processo de enfrentamento das adversidades em suas trajetórias de escolarização. O embasamento teórico se sustenta na inter-relação de ideias de Bakhtin e Vigotski, os quais têm como referencial teórico e método de seus trabalhos, o materialismo histórico-dialético. A dança é, neste trabalho, compreendida pela perspectiva da Psicologia Histórico-Cultural, como mediadora significativa na constituição dos sujeitos, a qual permite compreender o sentido do que passo a chamar de corpos dançantes, articulando a dança aos processos de resistência e emancipação. Ao se tornar objeto de reflexões, esta articulação dialoga diretamente com a constituição do sujeito através de sua atividade, identidade e consciência, verificando de que forma a dança se relaciona aos modos de superação, diante das adversidades na trajetória de vida. Para tal, utilizei a metodologia multimétodos, tendo como instrumentos Entrevistas Individuais (Narrativa e Semiestruturada). A análise apontou que a dança possui recursos transformadores no processo relacional de socialização e identitário nas histórias dos jovens. A dimensão afetivo-relacional se caracterizou neste estudo como um aspecto importantíssimo aos processos de tecitura dos corpos dançantes. Foi ela que favoreceu a abertura e o acolhimento, em diversos momentos da vida dos jovens. O afeto atravessou os sentidos que emergem na constituição da subjetividade e segue o movimento de reorganizar o comportamento do sujeito atribuindo significado às emoções. O estudo revelou também, que os diferentes segmentos da formação escolar ofereciam ora oportunidades, ora entraves à prática da dança, em particular, a entrada na formação superior. Mostrou também que o corpo dançante foi profundamente afetado pela pandemia decorrente da Covid-19. Contudo, a dança se fez presente na vida dos jovens como um instrumento na luta pela existência e superação. Ecoou nos discursos que ela materializa-se na atividade de enformação dos corpos dançantes e estabelece conexão com novos sentidos ao longo do desenvolvimento, possibilitando ressignificações das vivências no presente e lançando-os para o futuro.